A biodiversidade brasileira é gigantesca, o país abriga a maior do mundo, nele é encontrada 20% das espécies do mundo divididas entre animais e plantas. A grande maioria dessas espécies presentes na biodiversidade do Brasil pode representar o futuro no desenvolvimento biotecnológico, tendo como base as próprias espécies ou subprodutos por eles produzidos. Dentro da indústria farmacêutica, essas espécies apresentam grande potencial e os estudos a eles ligados vem ganhando cada vez mais importância, sendo base para o desenvolvimento de novos fármacos, principalmente a partir da extração de biomoléculas encontradas em espécies das mais variadas. Muito desse potencial já pode ser visto em fármacos comumente usados, como o captopril, a varfarina ou a lepuridina e que são extraídos a partir de animais e plantas. Amplamente distribuídas por todo o mundo, as aranhas em sua grande maioria são peçonhentas e destacam-se por terem compostos dos mais diversos em seu veneno, onde cada um atua de diferentes formas em outros animais. Entre essas muitas espécies, o gênero Lasiodora (C. L. Koch, 1850) compreende aranhas de grande porte com ampla distribuição pelo mundo, tendo como característica a presença de cerdas urticantes por todo o corpo. As espécies desse gênero tem sua peçonha com substâncias peptídicas que não causam riscos muito grandes aos seres humanos, mas que representam um grande potencial farmacológico pela ação vasodilatadora dos compostos. Mesmo com essa perspectiva de aplicações, poucos trabalhos são encontrados em relação ao gênero Lasiodora (C. L. Koch, 1850) e estudos mais aprofundados não são encontrados em bases de dados como Scielo, Google Acadêmico, Periódicos Capes, LILACS, Science Direct e Pubmed, seja nos idiomas de português ou inglês. Apenas três trabalhos sobre o gênero se destacam por sua amplitude e relevância para fins de análise potencial da espécie, sendo que representam a principal base de informações para outros trabalhos sobre o gênero e o uso dos compostos nela presentes. Em perspectivas futuras, o potencial desse gênero para a indústria farmacológica pode ser estudado com mais amplitude e poderá compreender grandes avanços nesse meio. O presente trabalho tem como objetivo evidenciar, através de revisão de literatura, o potencial farmacológico da peçonha de aranhas Lasiodora. Identificando suas principais aplicações e atividades biológicas e promovendo a atualização de conhecimentos e o incentivo à novas pesquisas sobre a temática.
Comissão Organizadora
XXI Encontro Zoologia do Nordeste
Jesser F. Souza-Filho
Carlos Eduardo Aragão Neves Xavier
Rayanne Gleyce Oliveira dos Santos
Juliano Gomes
Carine Mendes
Geórgia Brennichi Cabral
Aurinete Oliveira Negromonte
Girlene Fábia Segundo Viana
ALINE DOS SANTOS RIOS
Comissão Científica
Jose Souto Rosa Filho
Mauro de Melo Júnior
Julianna de Lemos Santana
Bruna Teixeira
Marina de Sá Leitão C. Araújo
DAVY BARBOSA BERGAMO
Rede Social do evento
Sociedade Nordestina de Zoologia