A influência das rodovias sobre os atropelamentos de répteis e anfíbios é diferente dependendo da intensidade da movimentação na pista, ou seja, em áreas onde há muito movimento de veículos, o perigo de atropelamento é bem maior. Deste modo, declínios populacionais severos em espécies que sofrem com altas taxas de atropelamento podem acarretar em grande perda de biodiversidade. Também se torna necessário enfatizar que mesmo em estradas com fluxo de veículos menor, os acidentes que envolvem o atropelamento de animais ainda acontecem com grande frequência. Portanto, não devemos subestimar o perigo nessas rodovias, tendo em vista que a ausência de grandes fluxos pode ocasionar uma impressão de segurança para os animais que tendem a atravessar a pista sem tomar cuidado com as possíveis ameaças. O presente trabalho traz algumas informações a respeito do comparativo entre duas rodovias (uma com maior e outra com menor intensidade de trafégo), que foram utilizadas em uma pesquisa de campo, para identificar a intencionalidade por parte de condutores de veículos ao atropelar répteis e anfíbios. O Estudo foi realizado por uma equipe de docentes e discentes da UFAPE, em rodovias do Agreste de Pernambuco, nos trechos que compreendem Garanhuns-PE/São Caetano-PE e Garanhuns-PE/Palmeira dos Índios-AL. Nas rodovias que foram selecionadas, foram realizadas coletas de dados a cada mês, analisadas durante quatro dias consecutivos no período diurno, de forma alternada, sendo, um dia em um trecho e outro no outro trecho, repetindo-se uma segunda vez cada trecho. A coleta de dados foi iniciada no mês de janeiro, e realizada durante 5 meses consecutivos. Para a realização dessas coletas foi utilizado contadores manuais para individualizar os tipos de veículos que têm maior frequência de tráfego e para o restante, anotou-se em tabela. Os modelos dos animais, assim como o controle, foram colocados na beira da rodovia, para não ocasionar acidentes, como também, para verificar a intencionalidade ou não nos atropelamentos. Deste modo, tivemos que na BR-423 o quantitativo de veículos que transitavam na rodovia foi bem maior que na BR-424. Os resultados encontrados já eram esperados, pois na primeira rodovia há um maior fluxo de veículos, havendo assim um maior número de atropelamentos. Segundo os dados do total de veículos que trafegavam nas rodovias, houve percentual de atropelamentos dos protótipos na BR-423 (5%) maior que na BR-424 (3%), mostrando que a primeira rodovia é mais propensa a acidentes.
Comissão Organizadora
XXI Encontro Zoologia do Nordeste
Jesser F. Souza-Filho
Carlos Eduardo Aragão Neves Xavier
Rayanne Gleyce Oliveira dos Santos
Juliano Gomes
Carine Mendes
Geórgia Brennichi Cabral
Aurinete Oliveira Negromonte
Girlene Fábia Segundo Viana
ALINE DOS SANTOS RIOS
Comissão Científica
Jose Souto Rosa Filho
Mauro de Melo Júnior
Julianna de Lemos Santana
Bruna Teixeira
Marina de Sá Leitão C. Araújo
DAVY BARBOSA BERGAMO
Rede Social do evento
Sociedade Nordestina de Zoologia