ATIVIDADE DE VOO DA ABELHA IRAÍ (Nannotrigona testaceicornis) NO LITORAL PERNAMBUCANO

  • Autor
  • Leonardo Gabriel Cabral de Melo Souza
  • Co-autores
  • Jordylene Felix da Silva , Micaele Pereira da Silva , Débora Cesario Monteiro , Carlos Frederico Silva da Costa , André Carlos Silva Pimentel , Darclet Teresinha Malerbo-Souza
  • Resumo
  • As abelhas fazem parte da família Apidae, que pertencente à ordem Hymenoptera. Esta família é dividida em diversas tribos, entre elas está a tribo Meliponini a qual estão presentes abelhas eussociais com ferrão atrofiado (popularmente conhecidas como abelhas sem ferrão ou ASF). Existem mais de 600 espécies distribuídas nas regiões tropicais e subtropicais, sendo estimado que no Brasil ocorram 300 espécies, sendo estas fundamentais para a manutenção da flora e pelos serviços ecossistêmicos prestados à agricultura. A abelha Nannotrigona testaceicornis é meliponíneo, conhecido popularmente como abelha Iraí. A distribuição da N. testaceicornis abrange vários estados do Brasil, englobando a Caatinga e a Mata Atlântica e seu estado de conservação é pouco preocupante. Dentre os diversos afazeres desempenhados pelas abelhas, a atividade de voo é basilar para a manutenção da colônia, visto que a coleta de recursos possibilita a alimentação do enxame, construção e limpeza do ninho. O objetivo deste trabalho é analisar a atividade de voo da abelha N. testaceicornis no litoral pernambucano e se há correlação com a temperatura e umidade. A pesquisa foi realizada no Setor de Meliponicultura, do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), campus Dois Irmãos, em Recife, Pernambuco. Foi avaliado a atividade de voo de três enxame de abelha Iraí, acomodadas em caixa de madeira, por meio de 3 observações no mês de janeiro de 2023. As informações de temperatura e umidade relativa do ar foram obtidas com a utilização de um termo-higrômetro digital, posicionado próximo aos enxames. Desta forma, os dados foram obtidos através de 5 minutos de observação a cada hora, entre as 7h00 e as 17h00, contabilizando as abelhas que entram sem carga nas corbículas, carregando pólen, resina e as que saem com material na mandíbula (comportamento de limpeza do ninho). A entrada de abelhas sem cargas nas corbículas foi considerado como coleta de néctar ou água, enquanto as com cargas opacas e lustrosas nas corbículas foram classificadas, respectivamente, como coleta de pólen e de resina. Foi realizado análise de regressão polinomial para verificar a análise da influência do horário com as atividades de voo. As observações revelaram que em Recife, Pernambuco, a umidade relativa do ar e a temperatura interferem na atividade de voo das abelhas Iraí (N. testaceicornis). A variação de temperatura e umidade ao longo do dia apresentou maior influência, em ordem decrescente, na coleta de pólen, saída de material (ocasionando menor atividade em ambas), coleta de resina e de néctar. Desta forma, é possível afirmar que a redução da umidade, o aumento da temperatura e da variação de ambos podem dificultar a obtenção de alimento proteico e da higienização da colmeia. A redução destas atividades pode resultar em enxames com populações reduzidas, devido a baixo estoque de proteína e da proliferação de doenças e consequentemente em enxames suscetíveis ao desaparecimento. Este trabalho possibilita o entendimento da variação da atividade de voo dos meliponíneos conforme a variação de temperatura e umidade relativa do ar, podendo servir de auxílio na análise dos possíveis impactos das condições previstas por modelos climáticos.

  • Palavras-chave
  • Entomologia, Hymenoptera, Atividade de Voo, Forrageamento, Meliponini
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Ecologia (Invertebrados)
Voltar Download
  • Biogeografia
  • Ecologia Geral
  • Taxonomia (Invertebrados)
  • Taxonomia (Vertebrados)
  • Ecologia (Invertebrados)
  • Ecologia (Vertebrados)
  • Ensino de zoologia
  • Etnozoologia
  • Paleontologia (Invertebrados)
  • Paleontologia (Vertebrados)
  • Parasitologia
  • Zoologia Aplicada
  • Genética/Evolução

Comissão Organizadora

XXI Encontro Zoologia do Nordeste
Jesser F. Souza-Filho
Carlos Eduardo Aragão Neves Xavier
Rayanne Gleyce Oliveira dos Santos
Juliano Gomes
Carine Mendes
Geórgia Brennichi Cabral
Aurinete Oliveira Negromonte
Girlene Fábia Segundo Viana
ALINE DOS SANTOS RIOS

Comissão Científica

Jose Souto Rosa Filho

Mauro de Melo Júnior
Julianna de Lemos Santana
Bruna Teixeira
Marina de Sá Leitão C. Araújo
DAVY BARBOSA BERGAMO

 

Rede Social do evento

  • @instasnz

Sociedade Nordestina de Zoologia

  • contato@snz.net.br
  • www.snz.net.br
  • facebook.com/SNZool