ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL COM GOMIVORIA PARA SAGUIS-DE-TUFO-BRANCO CALLITHRIX JACCHUS (LINNAEUS 1758), APLICADO EM CONSERVAÇÃO EX SITU PARA SOLTURA

  • Autor
  • Pedro Victor Carvalho França da Silva
  • Co-autores
  • Maria Guimarães Leitão Neta , Bruno Leonardo de Melo Pereira , Gabriele da Silva Ferreira Cavalcante , Tatiana Clericuzi de Barros e Silva , Yuri Marinho Valença
  • Resumo
  • ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL COM BOMIVORIA PARA SAGUIS-DE-TUFO-BRANCO CALLITHRIX JACCHUS (LINNAEUS 1758), APLICADO EM CONSERVAÇÃO EX SITU PARA SOLTURA

     

    O sagui-de-tufo-branco, Callithrix jacchus (Linnaeus, 1758), é um primata neotropical, originado de áreas de Caatinga e Mata Atlântica Nordestina. Possui dieta bastante diversificada sendo especializados para o consumo do exsudato vegetal (goma, seiva, etc.) extraído de galhos, troncos e cipós, comportamento conhecido como gomivoria. O intento desta pesquisa foi de que o enriquecimento com galhos para gomivoria, promovesse uma interação dos animais semelhantes à do ambiente natural, trazendo mais bem-estar e oportunidade de expressar o comportamento natural. O estudo foi realizado no CETRAS TANGARÁ, na fase de enriquecimento e intervenção do projeto de reabilitação de saguis, (entre setembro e novembro de 2021). Foram selecionados 05 indivíduos para formação de grupo, reabilitação e soltura, e foram realizados monitoramentos comportamentais com método scan (Altmann, 1974; Del-Claro, 2004) e enriquecimentos com galhos da vegetação lenhosa condizente a área se soltura dos animais, essas: Cajueiro (Anacardium occidentale), Mangueira (Mangifera indica), Aroeira-Vermelha (Schinus terebinthifolius), Jambeiro-Vermelho (Syzygium malaccense), Abacateiro (Persea americana) e a Amendoeira-da-Praia ou Castanhola (Terminalia catappa). Foram realizados 81 registros fotográficos das escarificações para análise da frequência e preferência dos animais pelo enriquecimento, e foram percebidas aproximadamente 130 escarificações, dessas, a maioria nos galhos de Mangueira e Abacateiro, com respectivamente 38 e 31 escarificações. O Jambeiro com 11 escarificações e a Aroeira, com 9, foram as espécies menos proferidas pelos animais. Já o Cajueiro e a Castanhola com 24 e 17 escarificações, respectivamente, foram os galhos com interação mais agressiva, com diversas escarificações em pouco tempo de introdução, até em galhos mais finos, e escarificações constantemente úmidas, pela presença de exsudato fresco. Do total de 8 dias onde foram realizados enriquecimentos com novos galhos, em 3, pôde-se observar todos os 5 saguis do grupo praticando gomivoria, foram esses os dias: 1, 2 e 4. Nos demais, houve pelo menos um sagui que não foi observado expressando, e no máximo 2.  A nível individual, foi observado o seguinte: o indivíduo “A” foi registrado expressando gomivoria em sete dos oito dias, o indivíduo “B” em seis dias, “C” em cinco dias, porém precisou ser retirado no sétimo dia por complicações, “D” também expressou em cinco dos oito dias, e o indivíduo “E” em sete dias, portanto individualmente nenhum dos animais foi relatado expressando o comportamento diariamente, mas sempre a maioria do grupo praticava a gomivoria. Os saguis desenvolveram uma preferência pelos mesmos pontos de escarificação, o que indica relação com os processos de marcação social, já que os pontos de escarificação por mordida, também se tornam pontos de marcação por feromônio (Canale et al. 2008).Todos os cinco animais foram relatados praticando a gomovoria satisfatoriamente, e o comportamento se mostrou diário na dinâmica do grupo, incentivado as dinâmicas naturais de hierarquia e marcação, e corroborando com registros comportamentais em animais de vida livre, evidenciando as necessidades e vantagens de utilizar o enriquecimento de oferta de gomivoria para os indivíduos de C. jacchus em reabilitação.

  • Palavras-chave
  • callitrichidae, dieta, gomivoria, comportamento, conservação
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