Introdução: A conjuntivite neonatal (CN) estava presente em 10% dos bebês nascidos vivos na Europa no século XIX e 3% desenvolviam cegueira. Esse perfil se altera com os anos devido a mudanças do aspecto etiológico e medidas profiláticas implementadas.1 Objetivos: Objetiva-se destacar as etiologias e condutas atuais de prevenção de CN. Método: A pesquisa bibliográfica foi desenvolvida analisando-se artigos científicos publicados entre 2011 e 2017, obtidos nas bases de dados Scielo, Springer Link e PubMed. As informações obtidas foram analisadas nesse estudo. Resultados e Discussão: A primeira etiologia conhecida da CN foi a Neisseria gonorrhoeae. O gonococo era o principal agente etiológico, entretanto, tem-se percebido um aumento da incidência da Chlamydia trachomatis, tornando-se o principal agente atual. Apesar da maior frequência de CN por clamídia, complicações da conjuntivite gonocócica são mais severas, aparecem mais rapidamente e relacionam-se mais com prejuízos visuais². A incidência da CN gonocócica diminuiu após o implemento do método de Credé, onde, em 1881, introduziu-se nitrato de prata a 1% (NP) como medida profilática³. Atualmente, para evitar quadros de CN, deve-se limpar os olhos com material estéril após o nascimento para remoção de secreções. Posteriormente, aplica-se o NP até 1 hora após o parto. Atualmente, o principal agente etiológico é a clamídia, portanto introduziu-se colírios de eritromicina, tetraciclina e PVPI com relatos de superioridade?. Conclusão: Portanto, é importante conhecer os agentes infecciosos de uma condição clínica tão incidente pois os mesmos podem sugerir mudanças de conduta, visando diminuição de complicações e do número de novos casos.
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flavio marconiedson nunes
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