Introdução: O vírus sincicial respiratório (VSR) é responsável pela maioria dos casos de infecção do trato respiratório inferior na população pediátrica de 0 a 3 anos.1 O quadro clínico da patologia inicia-se de forma branda, seguida de taquipneia, retração torácica e alterações de ausculta respiratória.2 Em condições de agravamento da doença ocorre sequela pulmonar. Apesar da relevância da enfermidade, não há vacinas disponíveis1,2, sendo utilizado anticorpo monoclonal humano (RSVIG) como alternativa profilática e de tratamento2,3,4. Objetivo: Analisar a eficácia do uso de imunoglobulinas humanas como medida profilática e de tratamento para o vírus sincicial respiratório. Método: Realizou-se revisão de literatura nas bases de dados Cochrane e PubMed, entre os meses de setembro e outubro de 2018. Quinze artigos, publicados entre os anos de 2000 e 2017 foram selecionados, utilizando-se como descritores: vírus sincicial respiratório, imunoglobulina, bronquiolite. Resultados: A utilização de RSVIG é restrita, uma vez que seu custo é alto e que há necessidade de administração em doses, sendo destinada aos indivíduos que apresentam maior risco. A profilaxia com RSVIG é eficaz na redução das hospitalizações e da mortalidade relacionada ao vírus, mas não na prevenção do emprego da ventilação mecânica. Não existem evidências sólidas de benefícios no tratamento da infecção a partir do RSVIG. Conclusão: O desempenho das imunoglobulinas para redução das implicações por infecção pelo VSR é limitado. Em vista disso, torna-se evidente a necessidade de desenvolvimento de vacinas e tratamentos seguros para a redução do impacto do patógeno na população pediátrica.
Palavras-chave: vírus sincicial respiratório, imunoglobulina, bronquiolite.
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flavio marconiedson nunes
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