Introdução: A cobertura vacinal é o percentual de uma população-alvo que foi vacinada em um determinado país e representa um indicador de saúde geral, principalmente infantil, e de qualidade dos serviços de saúde. Desde 1973, a vacinação tem sido amplamente difundida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) Brasileiro, que apesar de bem sucedido, ainda possui limitações no processo de homogeneidade na população. Objetivos: Revisar na literatura os fatores que restringem a meta de cobertura vacinal brasileira. Método: Realizou-se revisão de literatura nas bases de dados SCIELO, LILACS e BVS, limitando os resultados a partir de 2013. Resultados: O PNI conseguiu alcançar coberturas adequadas de vacinação infantil nos âmbitos nacionais e estaduais (apesar de abaixo da meta de 95% preconizada pela OMS), no entanto, nos extremos dos grupos socioeconômicos há uma heterogeneidade de alcance. Nas classes baixas, são encontrados como motivos de perda de oportunidade de vacinação: menor escolaridade dos responsáveis, esquecimento, doenças das crianças, horário de funcionamento da UBS e a distância desta à residência desses grupos. Além disso, a falta de capacitação dos profissionais de saúde quanto à contraindicações ou a negligência na conferência do caderno vacinal também estão presentes. Em contrapartida, em classes com maior escolaridade, tem sido relatada a escolha de não vacinar seus filhos por motivos ainda não esclarecidos, mas possivelmente relacionados à crença de que não estão expostos ao risco e à associação equivocada de efeitos colaterais graves com as vacinas. Conclusão: Deve-se atuar nesses fatores para ampliar a capacidade e os benefícios do PNI.
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flavio marconiedson nunes
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