Introdução: A hipertensão arterial é uma doença sistêmica que envolve alterações estruturais e funcionais na parede as artérias por influência de vários fatores. Esse processo inicia-se ainda na infância e pode ter seu desenvolvimento diferente entre meninos e meninas. Objetivo: Investigar a associação entre a rigidez arterial e a pressão arterial em crianças e adolescentes. Método: Estudo de corte transversal, que avaliou 843 crianças e adolescentes de ambos os sexos, com idade entre 6 e 18 anos. A pressão arterial foi avaliada pelo método oscilométrico e a velocidade da onda de pulso carotídeo-femoral (VOP) foi usada como marcador de rigidez arterial. Resultados: 471 meninos e 372 meninas (idade: 11,3±2,7 e 11,4±2,9 anos, respectivamente, P>0,05), foram avaliados. A pressão sistólica foi maior nos meninos comparados às meninas (105,1±9,5 e 102,8±9,3 mmHg, respectivamente), e a pressão diastólica foi similar entre os sexos (62,6 ± 6,9 e 61,7 ± 6,7, respectivamente). A rigidez arterial medida pela VOP foi similar entre os sexos (5,6±1,0 e 5,5±0,8). Houve uma associação significativa entre VOP e pressão sistólica (r= 0,275 e r=0,285) e diastólica (r=0232 e r=0,306) em ambos os sexos. Conclusão: O aumento da rigidez arterial está intimamente relacionado à hipertensão arterial em crianças e adolescentes, sem diferenças entre sexo.
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flavio marconiedson nunes
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