Introdução: O refluxo gastroesofágico (RG) é o fluxo retrógrado involuntário do conteúdo gástrico para o esôfago, com ou sem regurgitação ou vômito1,2. Afeta 60% dos lactentes, sendo 90% dos casos benigno e 2% patológico3. É uma das principais queixas pediátricas4 e para a realização do tratamento adequado, deve-se diferenciá-las. Objetivo: Analisar as diferenças entre o refluxo gastroesofágico fisiológico e patológico para correta identificação e terapêutica. Métodos: Revisou-se artigos do Scielo, em português com descritores do Decs. Após leitura, 60 foram selecionados; desses, 18 foram incluídos por apresentarem fisiopatologia e sintomatologia; excluíram-se 14 com datas anteriores a 2013 e sem diagnóstico diferencial. Ao filtrar, 4 se adequaram, além de conceitos de dois livros. Resultados: O RG classifica-se em fisiológico, sem comprometimento ponderal e com boa evolução após tratamento; e patológico, apresentando prejuízos no desenvolvimento apesar da terapêutica adotada. Quanto à fisiopatologia, no RG há a imaturidade dos mecanismos de barreira anti-refluxo, que ao desenvolverem até o 24º mês, cessam a sintomatologia4. Na doença, reduz-se o tônus do esfíncter esofágico inferior, altera-se a motricidade, volume e retarda-se o esvaziamento estomacal, além da elevação da pressão abdominal. O diagnóstico diferencial baseia-se na história e exame clínico. Caso não apresente outras queixas, é fisiológico. Sintomas como perda ponderal, choro excessivo e recusa alimentar são manifestações graves3,4. Para confirmação, utiliza-se exames complementares e como padrão-ouro, a phmetria4. Conclusão: Conclui-se íntima relação entre RG e DGRE e, de acordo com a literatura, a anamnese e exame físico minucioso são indispensáveis para instituir diagnóstico e terapêutica adequados.
Comissão Organizadora
flavio marconiedson nunes
Comissão Científica