A situação da sífilis congênita no estado de Minas Gerais

  • Autor
  • Gustavo Ribeiro Freire
  • Co-autores
  • Maria Suzana Marques
  • Resumo
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    Introdução: A sífilis congênita é decorrente da disseminação hematogênica do Treponema pallidum da grávida não tratada ou inadequadamente tratada para o seu concepto1. É um evento sentinela, que pode ser evitado por ações de prevenção em saúde. A investigação retrospectiva dos casos permite obter informações sobre a assistência pré-natal e propor medidas pertinentes para a sua melhoria2. Objetivo: Avaliar a prevalência da sífilis congênita e relacioná-la à sífilis em gestantes no estado de Minas Gerais. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico realizado por meio de consulta ao DATASUS. Foram avaliados dados referentes ao período de 2001 a 2017 que incluíam casos confirmados e notificados por meio do Sinan. Resultados: Neste período, foram diagnosticados 10.127 casos de sífilis congênita e 14.823 casos de sífilis em gestantes em Minas Gerais, sendo que 76,35% e 82,19% destas ocorrências surgiram nos últimos cinco anos, respectivamente3. Conclusão: O aumento do número de casos de sífilis congênita nos últimos anos em Minas Gerais coincide com o que tem sido observado no Brasil e em nações desenvolvidas, como Estados Unidos e Europa4. Uma vez que a transmissão dessa doença ocorre via transplacentária ou pelo canal de parto em taxas que variam de 30% a 100% sem tratamento ou com tratamento inadequado, infere-se que a sua elevada incidência decorre do aumento do número de casos de sífilis em gestantes1,2. A persistência de alta incidência da doença e de altas taxas de transmissão vertical demonstram que a qualidade da assistência pré-natal a esse agravo ainda encontra-se insatisfatória2.

     

  • Palavras-chave
  • sífilis congênita, cuidado pré-natal, gestantes
  • Área Temática
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