IMUNOTERAPIA EM PACIENTES COM ALERGIA À PROTEÍNA DO LEITE DE VACA

  • Autor
  • Gustavo Ribeiro dos Santos
  • Resumo
  • Introdução: A proteína do leite de vaca (MC) está entre as principais causas de alergia infantil, afetando 2% a 5% das crianças.1,2 As manifestações clínicas não são específicas, alternando desde sintomas gastrointestinais até sistêmicos.2 A MC é reconhecida pelas células apresentadoras de antígenos (APCs) como antígeno, fazendo com que essas células produzam alta quantidade de citocinas pró-inflamatórias (IL-6 e TNF-?) e diferenciem as células T em Th2.2  Objetivo: O objetivo é avaliar a eficácia da imunoterapia (IT) na alergia à proteína do leite de vaca. Método: O estudo foi realizado através de revisão de literatura, usando como base de pesquisa a PubMed. Foram selecionados trabalhos na língua inglesa, priorizando estudos randomizados. Utilizou-se artigos publicados do ano 2014 até 2018. Resultados: Tanto a imunoterapia oral (OIT) quanto a imunoterapia sublingual (SLIT) induzem uma resposta de tolerância à MC, além de reduzir as citocinas pró-inflamatórias e a resposta imune Th2. Observou-se que a OIT apresentou melhor dessensibilização à MC em relação à SLIT, porém, a primeira teve reações alérgicas mais acentuadas, sendo os sintomas cutâneos, gastrointestinais e orofaríngeos os mais prevalentes. Conclusão: A MC é de grande prevalência na infância e a IT, utilizada a longo prazo, vem apresentando uma boa eficácia no seu tratamento. Entretanto, deve-se monitorar constantemente os pacientes submetidos à IT devido ao risco de reações alérgicas e de anafilaxia. Apesar da efetividade, mas devido às reações adversas encontradas em uma parcela dos indivíduos submetidos ao tratamento, não está indicado que seja feito em caráter ambulatorial e sem acompanhamento.

  • Palavras-chave
  • Alergia, Proteína, Leite, Imunoterapia
  • Área Temática
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