ANÁLISE DOS EFEITOS GASTROINTESTINAIS NO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)

  • Autor
  • Matheus Costa Leite
  • Co-autores
  • Savanna Almeida de Moraes , Catharina Cangussu Fernandes Ribeiro , Victoria Vanessa Silva Souza , Cecilia Soares Oliveira , Márjorie Silveira Athayde Duarte
  • Resumo
  • Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) caracteriza-se por desordens no desenvolvimento psicomotor, influenciando a comunicação e o comportamento. Estudos relatam o papel entérico no TEA, caracterizado pelo eixo microbiota-intestino-cérebro, o qual demonstra influência digestória pelo sistema nervoso, assim como a ação gastrointestinal e de sua microbiota no desenvolvimento e funções neurais, incluindo funções afetivas e cognitivas. Objetivo: Identificar a influência do trato digestório no Transtorno do Espectro Autista. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, selecionando 16 artigos científicos em português e inglês, de 2015 a 2018, nas bases de dados LILACS, SciELO, Google acadêmico e PubMed. Resultados: Estudos evidenciam que inúmeras desordens gastrointestinais acometem autistas, como menor produção de enzimas digestivas, inflamações da mucosa enterogástrica e permeabilidade intestinal alterada, agravando seu quadro clínico. Outra abordagem refere-se a disbiose intestinal e, consequentemente, desequilíbrio imunorregulatório, que aliado a hiperpermeabilidade intestinal, acentuam comportamentos autísticos. Pacientes autistas podem ser submetidos a dietas de exclusão de glúten e/ou caseína, substâncias metabolizadas à gluteomor?na e casomor?na, que pela maior penetrabilidade intestinal, chegam ao sangue e atravessam a barreira hematoencefálica e mimetizam os efeitos dos opioides do cérebro, levando a neuroexcitação, de encontro a “Teoria do excesso de opioides”. Conclusão: A partir dos estudos apresentados, destaca-se a interferência digestória no TEA, evidenciada por anormalidades na permeabilidade gastrointestinal e na composição da flora bacteriana, o que requer atenção por parte dos nutricionistas e estudos mais conclusivos, buscando analisar dietas, como a restrição de caseína e glúten, como alternativas para melhorar o prognóstico do paciente autista.

  • Palavras-chave
  • Transtorno do Espectro Autista, sistema digestório, microbioma gastrointestinal.
  • Área Temática
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