Introdução: A Sepse Neonatal precoce é uma síndrome clínica que se manifesta por sinais de infecção nas primeiras 48 horas de vida, levando a comprometimento multissistêmico1. Dentre os fatores de risco para essa condição, cita-se infecções do trato genital1 e urinário2 maternos, bolsa rota superior a 18 horas1,2, cerclagem2, procedimentos de medicina fetal nas últimas 72 horas1,2 e colonização pelo estreptococo B em gestante sem quimioprofilaxia intraparto1,2. Objetivo: Formular um padrão assistencial baseado nas melhores condutas visando reduzir a morbimortalidade da sepse neonatal precoce em recém-nascidos assintomáticos de idade gestacional inferior a 37 semanas. Método: Foi realizado levantamento bibliográfico nas bases de dados PubMed e Medline a partir do descritor sepse neonatal. Através dos resultados obtidos foi realizada uma filtragem em busca de produções científicas relevantes para o presente estudo, obtendo-se assim 11 artigos e protocolos referentes ao tema. Resultados: Na presença de fator de risco, a assistência deve se basear na solicitação de hemograma, Proteína C Reativa, hemocultura com 6 a 12 horas de vida e antibioticoterapia. Se hemocultura positiva, realizar tratamento completo adicionando-se à propedêutica solicitação de punção lombar. Já se hemocultura negativa e demais exames estiverem dentro do limite de normalidade, suspender antibioticoterapia, observando o recém-nascido por 48 horas. Entretanto, se demais exames forem anormais, realizar reavaliação clínica e laboratorial em 48 horas. Se não houver fatores de risco, não se faz necessário antibioticoterapia. Conclusão: É necessária uma conduta baseada num padrão assistencial reconhecido cientificamente com o intuito de reduzir a morbimortalidade neonatal por essa síndrome clínica.
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flavio marconiedson nunes
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