Introdução: O cerebelo é considerado responsável pela coordenação motora, mas ultimamente tem sido notado também em funções cognitivas (linguagem, memória, funções executivas, cálculo, orientação visuo-espacial). Metodologia: Realizou-se uma busca de periódicos na Bireme utilizando os descritores: Cerebelo, Cognição e aprendizagem. Foram excluídos os artigos duplicados ou que não estavam de acordo com o tema. Resultados: Estudos anatômicos indicam que o cerebelo está atuante em áreas associativas dos hemisférios cerebrais. Trabalhos funcionais mostraram ativação do cerebelo durante a execução de provas cognitivas, sem atos motores simultâneos. Estudos de neuropatologia, revelaram alterações do cerebelo em doenças cognitivas e comportamentais do neurodesenvolvimento, como o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, Autismo e Esquizofrenia. A avaliação neuropsicológica de pacientes com doença degenerativa do cerebelo mostrou também defeitos cognitivos. Ao avaliar crianças e adultos com lesões focais do cerebelo, percebeu uma variedade de déficits, afetando funções executivas, visuo-espaciais, de linguagem e comportamentais. Estudos com imagens clínicas têm demonstrado, de forma insistente, cerebelos de menor volume em pacientes com dificuldades cognitivas quando comparados com indivíduos sem queixas, principalmente em provas de atenção. Apesar de existir poucos estudos funcionais, já é apontado e comprovado uma menor atividade metabólica nas regiões cerebelares de pacientes com déficits na cognição. A amostra clínica mais indicada para pesquisar as funções do cerebelo na cognição são indivíduos novos com lesões vasculares isoladas deste órgão, pois permite isolar a contribuição específica do cerebelo na cognição. Conclusão: O cerebelo contribui na aquisição e execução das habilidades cognitivas, favorecendo assim o processo de aprendizagem.
Comissão Organizadora
flavio marconiedson nunes
Comissão Científica