Introdução: Sífilis congênita é uma patologia infecciosa decorrente da bactéria Treponema pallidum, determinada pela transmissão hematogênica via transplacentária ou via direta durante o parto. A transmissão ocorre em qualquer fase da gestação e em qualquer estágio da doença. O tratamento para sífilis congênita é realizado com penicilina conforme os critérios determinados pelo Ministério da Saúde. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos casos de sífilis congênita no Brasil no período estudado. Metodologia: Foi realizado um estudo ecológico observacional usando dados de 1998 a 2016. As variáveis analisadas foram: idade, raça, escolaridade da mãe, se realizou o tratamento adequado, momento do diagnóstico, se realizou pré-natal, e o tipo de sífilis. Resultados: De 1998 a 2016 o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) registrou 150.981 casos de sífilis congênita, sendo 36,42% diagnosticados durante o pré-natal e 28,84% no momento do parto, 92,63% classificados como congênita recente e 94,37% dos indivíduos tinham menos que 7 dias. Quanto às características da mãe, há predomínio em pardas (41,65%), de 20 a 29 anos (52,89%), nível de escolaridade de 5a a 8a série incompleto (25,47%) e 58,76% realizaram o pré-natal de forma adequada. Quanto ao tratamento, 49,22% realizaram de forma inadequada e 28% não realizaram. Conclusão: Os fatores de risco individuais identificados incluem gestantes de 20 a 29 anos, raça parda e baixa escolaridade. Além da garantia do acesso ao serviço de saúde, a qualidade da assistência pré-natal e no momento do parto é determinante para a redução da incidência de sífilis congênita.
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