Efeitos Protetores da Restrição Calórica nos Danos Induzidos Pela Hipertensão Arterial Pulmonar em Ratos Wistar

  • Autor
  • Fabrício Tabelião Degrandis
  • Co-autores
  • Paulo Cavalheiro Schenkel
  • Resumo
  •  

    A hipertensão pulmonar é uma doença que afeta cerca de 1% da população mundial, acometendo 10% dos indivíduos acima dos 65 anos. Sua incidência é de 3 a 10 novos casos por 1 milhão de adultos anualmente. Ela é subdividida em 5 classes, sendo a classe 1 aquela onde se encontra a hipertensão arterial pulmonar (HAP), foco do projeto.  Sua fisiopatologia é conhecida pelo remodelamento do parênquima pulmonar, com grande aumento da resistência vascular pulmonar e, consequentemente, remodelamento cardíaco compensatório. Dentre outras formas de mimetizar a doença observada nos humanos, a utilização da monocrotalina, um alcaloide derivado da planta crotalária, tem sido bem aceita e utilizada pela comunidade científica especializada. O tratamento clássico da HAP é a base de vasodilatadores e nem sempre apresenta bons resultados. Ademais a HAP é fortemente relacionada com aumento de marcadores inflamatórios e estresse oxidativo, e mitigar tais variáveis tem sido foco de interesse de vários estudos com intuito de propor alternativas terapêuticas adjuvantes aos tratamentos convencionais. Neste sentido a restrição calórica (RC) emerge com grande potencial, se mostrando eficaz em atenuar estresse oxidativo e inflamação, além de sua associação com maior longevidade em humanos e roedores.  Assim, aparado por conhecimentos prévios, o projeto tem como objetivo principal averiguar se a RC como hábito de vida é capaz de atenuar a progressão da HAP induzida por monocrotalina em ratos Wistar machos, com 60 dias de idade, peso médio de 200 gramas aproximadamente. Somado a isso, objetivamos analisar o papel do estresse oxidativo em tal influência, visando assim compreender melhor os mecanismos envolvidos para sugerir adaptações dietéticas benéficas à saúde. Para isso, propomos a utilização da RC durante 12 semanas completas, sendo que ao início da nona semana será induzida a HAP através da monocrotalina no grupo de intervenção. A função cardíaca será avaliada pré e pós indução da HAP por ecocardiografia com os animais anestesiados com quetamina (90mg/kg) e xilazina (20mg/kg) i.p. Logo após a avaliação ecocardiográfica final, o lavado broncoalveolar será coletado para contagem diferencial dos leucócitos e os animais serão eutanasiados por decapitação para coleta de sangue e tecidos (coração, pulmões, baço, fígado, gastrocnêmio, tíbia, aorta e artéria pulmonar) para análises. Os animais do grupo controle serão submetidos aos mesmos procedimentos, no entanto receberão apenas veículo (NaCl 0,9%) por via intraperitoneal. Amostras de coração e pulmões serão preparadas para análise do remodelamento pulmonar e do ventrículo direito por técnica histológica para confirmação da indução da HAP. Amostras desses tecidos e dos demais acima listados serão utilizadas para determinação de marcadores importantes relacionados ao estresse oxidativo e a inflamação como, por exemplo, estado redox, contagem de leucócitos, presença de linfócitos, etc. Somado a isso, propomos mensurar a expressão gênica e proteica de algumas proteínas-chave relacionadas com a sinalização redox e com a modulação do tônus vascular. Acreditamos obter efeitos de melhora nos marcadores supracitados, acusando possível efeito protetor da RC sobre a HAP. Com a realização desta pesquisa nós esperamos determinar se a RC é benéfica em atenuar a evolução da HAP por mitigar o estresse oxidativo e a inflamação, tornando-se uma alternativa adjuvante para indivíduos com risco elevado de desenvolver essa doença.

     

  • Palavras-chave
  • coração, estresse oxidativo, glutationa, hipertensão, monocrotalina, pulmão, tiorredoxina
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Projetos Científicos
Voltar
  • Trabalhos originais
  • Projetos Científicos

Comissão Organizadora

Gustavo Carvalho
Luiza Malacco
Eliana Hiromi Akamine
Profª Drª Luciana Venturini Rossoni
Ana Paula Couto Davel
José Wilson do Nascimento Corrêa
GIULIA ALESSANDRA WIGGERS
Alice Valença Araújo

Comissão Científica