Efeitos do Treinamento Físico Aeróbio nos Biomarcadores Inflamatórios, do Estresse Oxidativo e da Senescência do Tecido Adiposo Perivascular de Fêmeas Obesas

Efeitos do Treinamento Físico Aeróbio nos Biomarcadores Inflamatórios, do Estresse Oxidativo e da Senescência do Tecido Adiposo Perivascular de Fêmeas Obesas

• Autor
• Teresa Maria da Ré Silva
• Co-autores
• Guilherme Alves dos Santos , Maria Andréia Delbin
• Resumo

• Estudos demonstram que o tecido adiposo perivascular (PVAT) desempenha importante função endócrina e parácrina e que o exercício físico aeróbio interfere diretamente no padrão secretório desse tecido. Fatores pró-inflamatórios secretados pelo PVAT e associados ao estresse oxidativo contribuem para o desenvolvimento de complicações cardiovasculares na obesidade. No entanto, os mecanismos responsáveis pela disfunção do PVAT na obesidade ainda não são totalmente elucidados e, além disso, os estudos foram realizados majoritariamente em machos. Nossa hipótese é de que o treinamento físico aeróbio seria benéfico para promover aumento da resposta antioxidante e antiinflamatória, com redução do estresse oxidativo e dos biomarcadores de senescência celular no PVAT da aorta torácica (tPVAT) de camundongos fêmeas obesas. Portanto, o presente estudo tem como objetivo avaliar os efeitos do exercício físico aeróbio sobre as alterações estruturais e moleculares observadas no tPVAT de camundongos fêmeas obesas. Para isso, serão utilizados camundongos fêmeas C57BL6/JUnib com 4-5 semanas de idade (CEUA/UNICAMP: 5849-1/2021), divididos em 4 grupos experimentais: sedentárias controle (SD), treinadas controle (TR), sedentárias obesas (OB/SD) e treinadas obesas (OB/TR). A obesidade será induzida por alimentação hiperlipídica por 16 semanas (6,2 kcal/grama: 32% de carboidratos, 20,3 % de proteínas e 38 % de lipídios). Após 8 semanas de alimentação padrão ou hiperlipídica, o protocolo de exercício aeróbio de moderada intensidade (50-60% da capacidade máxima) será iniciado e realizado em esteira nos grupos TR e OB/TR, com duração de 8 semanas. O peso corporal, o consumo de água e alimentar serão acompanhados semanalmente. A pressão arterial sistólica será medida ao início do protocolo experimental e nas semanas 8 e 16. No tPVAT será realizada histologia para caracterização morfológica do tecido, análise do infiltrado leucocitário e do perfil de polarização dos macrófagos e da geração de espécies reativas de oxigênio (EROs). Será avaliada a expressão das proteínas eNOS, iNOS, APPL1, UCP-1, p53 e p21 e será realizada a quantificação de células senescentes por marcação de ?-galactosidase no tPVAT. A concentração sérica de glicose e 17?-estradiol será mensurada, bem como, a de TNF-?, adiponectina e substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) no tPVAT. Análise de variância, ANOVA duas vias seguida de pós-teste de Bonferroni, será empregada para avaliar as diferenças entre os grupos. Acreditamos que esta pesquisa ampliará o conhecimento sobre o PVAT e sua resposta na obesidade em fêmeas, bem como poderá auxiliar novos estudos que busquem terapias que visam uma resposta molecular benéfica e eficiente. A inclusão de ambos os sexos nas pesquisas representa um aumento na qualidade da prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças cardiovasculares.

  Apoio financeiro: CAPES, CNPq e FAPESP (2022/09111-9 e 2022/10354-3)

  Palavras-chave: fêmeas obesas, exercício físico aeróbio, tecido adiposo perivascular.

• Palavras-chave
• Fêmeas obesas, exercício físico aeróbio, tecido adiposo perivascular
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Projetos Científicos