Respostas Endoteliais E Oxidativas Ao Exercício Máximo Em Indivíduos Com Infecção Prévia Por Sars-CoV-2

  • Autor
  • Maria Emanuelle Argentino da Cunha Neves
  • Co-autores
  • Eliza Prodel , Gabriel Fernandes Teixeira , Viviane Costa , Antonio Claudio Lucas da Nóbrega , Natalia Galito Rocha , Helena Naly Miguens Rocha
  • Resumo
  • Introdução: A pandemia da COVID-19 impactou a humanidade de múltiplas formas a partir de uma infecção de contaminação respiratória e que ocasiona milhões de mortes no mundo, especialmente, em idosos e portadores de sequelas cardiometabólicas. Estudos prévios sugerem que pacientes infectados pelo SARS-CoV-2 podem apresentar disfunção endotelial, especialmente, após estímulos estressores, o que pode indicar maior risco cardiovascular. Além disso, estudos relatam um desempenho prejudicado durante o teste de esforço máximo em indivíduos com infecção prévia por COVID-19. Objetivo: Sendo assim, o estudo tem como objetivo compreender os mecanismos endoteliais envolvidos na resposta ao exercício máximo em indivíduos com infecção prévia pelo SARS-CoV-2. Metodologia: Para tanto, até o momento, foram recrutados homens e mulheres entre 20-35 anos com infecção prévia por SARS-CoV-2 sem histórico de doenças crônicas ou uso de medicação contínua (n=5; 26,6±3,8 anos). O grupo foi submetido ao teste cardioespirométrico máximo (TCM) em bicicleta ergométrica, com  frequência cardíaca (FC) e pressão arterial sistólica (PAS) sendo monitoradas durante o exercício (monitor de ECG). A  avaliação da função endotelial (dilatação mediada pelo fluxo; DMF) foi feita nos tempos: basal, 30, 90 e 120 minutos após o TCM (basal, 30TCM 90TCM e 120TCM) por ultrassom de efeito doppler da artéria braquial. Nesses momentos foram coletados sangue para determinação de marcadores oxidativos [substâncias reativas ao ácido tiobartúrico (TBARS) e proteínas carboniladas]. Foi utilizado teste de Anova one-way de medidas repetidas para comparação entre momentos e pós-hoc de Fisher quando adequado. Os dados preliminares foram apresentados em média ± desvio padrão. Resultados: Como esperado, o TCM levou ao aumento da FC (Basal 85±12 vs. TCM 160±19 bpm; p<0,01), PAS (Basal  116±8 vs. TCM 162±42 mmHg; p=0,04) e consumo de oxigênio (Basal 3,75±0,54 vs. 27,37±8,97 mL/kg/min; p<0,01) retornando a valores semelhantes ao basal. O TCM não foi capaz de alterar os níveis de TBARS (Basal 4,26±0,87 vs 30TCM 3,87±1,15 mg/L; p>0,05) e carbonila (Basal 6,10±0,41 vs. 30TCM 4,34±2,31 nmol/mg; p>0,05), bem como a função endotelial (Basal 15,05±11 vs. 30TCM 13,5±5,8 %; p>0,05). Conclusão: Pouco pode ser inferido ainda desses dados, porém, acredita-se que alterações na função endotelial parecem estar intimamente relacionadas ao perfil oxidativo e a capacidade de desempenho no exercício máximo em indivíduos pós-COVID-19. Para isso, mais participantes serão recrutados, a fim de completar o tamanho amostral (n=14).

  • Palavras-chave
  • COVID-19; função endotelial; estresse oxidativo
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