Estresse pré-natal induz programação do sistema renina-angiotensina hepático na prole de ratas wistar

  • Autor
  • Luiza Rocha
  • Co-autores
  • Gabriel Fernandes Teixeira , Juliana Mentzinger , Juliana Arruda de Souza Monnerat , Bianca Bittencourt Lucchetti , Matheus Azevedo Carvalho Martins , Larissa Lírio Velasco , Mariana Silva Cytrangulo , Viviane Costa , Helena Naly Miguens Rocha , Antonio Claudio Lucas da Nóbrega , Renata Frauches Medeiros , Natália Galito Rocha
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: O estresse é um dos problemas mais comuns na sociedade moderna, atingindo até 90% da população. Já se sabe que o estresse durante a gravidez pode aumentar a incidência de hipertensão e de outras doenças cardiometabólicas na prole. Além disso, a literatura aponta que situações de estresse levam a ativação do Sistema Renina Angiotensina (SRA), principalmente do eixo clássico. A partir disso, a hipótese do estudo é que o estresse durante a gestação levaria a uma superexpressão de componentes do eixo clássico do SRA local e uma resposta oxidativa na prole, especialmente em machos. Logo, o estudo objetiva determinar os efeitos do estresse pré-natal sobre o SRA hepático da prole de ratas Wistar, assim como as diferenças entre os sexos. MÉTODOS: Para isso, ratas virgens com 90 dias de vida, foram colocadas para acasalar e, quando grávidas foram divididas em grupo controle e grupo estresse. Entre os dias 14 e 21 de gestação, os animais do grupo estresse foram submetidos ao protocolo de estresse variável, que consistiu na exposição diária das mães a 4 estímulos estressores diferentes por oito dias. Após o nascimento, a prole foi dividida em quatro grupos (n=8/grupo), de acordo com o sexo e a intervenção: controle macho (CM), controle fêmea (CF), estresse macho (EM) e estreesse fêmea (EF). Aos 90 dias de vida, a prole foi anestesiada e eutanasiada para coleta de sangue e tecido hepático. Nas mães foram realizadas análises plasmáticas de corticosterona, enquanto na prole com 90 dias foi mensurado a atividade plasmática da catalase e superóxido dismutase (SOD) por colorimetria; e expressão proteica de NADPH (gp91phox, NOX4), SOD1, NrF2, keap-1 e NFkB e componentes do SRA (ECA-1, ECA-2, AT1R e MasR) por Western Blot. RESULTADOS: As mães submetidas ao protocolo de estresse apresentaram um aumento nos níveis de corticosterona em relação ao controle (controle:1,50±0,35ng/ml; estresse:3,38±1,18ng/ml; p=0,04). Na prole, o estresse pré-natal reduziu o peso ao nascer tanto de machos como de fêmeas (CM:7,06±0,07 g; EM:6,60±0,07 g; CF:6,80±0,07 g; EF:6,35±0,07 g; p<0,01 vs controle), mantendo-se menor nos machos aos 90 dias (CM:372,93±6,66 g; EM:344,77±4,45 g; CF:224,45±7,55 g; EF:228,36±5,04 g; p<0,01). A atividade plasmática de SOD aumentou apenas nos machos em resposta ao estresse gestacional (CM:6,96±0,30 U/ml; EM:7,69±0,22 U/ml; p=0,02 vs controle). Já para expressão proteica, o estresse reduziu a expressão de NOX4 (CM:4,42±1,02; EM:2,46±0,56; p=0,04), gp91phox (CM:0,51±0,13; EM:0,36±0,11; p=0,03 vs controle) e SOD1 (CM:1,12±0,08; EM:0,85±0,09; p=0,03 vs controle) em machos, enquanto, nas fêmeas, reduziu a expressão de MasR (CF:0,92±0,15; EF:0,68±0,10; p=0,03 vs controle), NOX4 (CF:4,52±1,02; EF:2,42±0,56; p=0,03 vs controle) e aumentou de gp91phox (CF:0,58±0,12; EF:0,89±0,1; p<0,01 vs controle). CONCLUSÃO: Portanto, foi visto que o estresse pré-natal parece induzir uma programação do tecido hepático, levando ao aumento dos componentes oxidativos e redução do eixo contra regulatório do SRA em fêmeas.

  • Palavras-chave
  • Estresse pré-natal, programação metabólica, sistema renina-angiotensina
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