Estudo Do Efeito Da Proteína Dissulfeto Isomerase-A1 (PDIA1) Na Resposta Vascular À Lesão: Validação De Modelo Em Camundongos Souza, J.M.F¹.; Tanaka L.Y.¹; Porto F.G.²; Kajihara D.¹; De Bessa T.C.¹; Gaspar R.S.¹; Teixeira, L. ¹; Ventura, S. ¹; Laurindo F.R.M.¹
¹Laboratório de Biologia Vascular, Instituto do Coração – Faculdade de Medicina da Universidade São Paulo – InCor/FMUSP
²Laboratório de Neuroengenharia e Computação, UNIFESP-São José dos Campos
Introdução A resposta vascular a uma lesão mecânica é o protótipo de várias adaptações fisiológicas e de alterações patológicas em doenças. Tal resposta compõe-se de dois principais eventos integrados: a proliferação reparativa celular com formação de camada neoíntima e o remodelamento vascular. Um evento crucial desta fase é a denominada modulação fenotípica da célula muscular lisa, que perde marcadores de fenótipo contrátil e adquire características proliferativas, secretoras e migratórias, com genes e proteínas específicos para cada fenótipo. A PDIA1 (Protein Dissulfide Isomerase A1) é uma proteína da classe chaperona que participa em processos de sinalização e homeostase redox. Objetivo principal Investigar o efeito da PDIA1 na resposta vascular a uma lesão mecânica utilizando um modelo animal de superexpressão constitutiva geneticamente modificada. Hipótese A resposta final será exacerbada quanto ao calibre vascular total e espessura da neoíntima, mas preservando o lúmen vascular. Metodologia Modelo Animal De Lesão Vascular Serão usados 190 camundongos Wild-type e 190 camundongos TgPDIA1, com background FVB, machos de 12 semanas, com aproximadamente 29 gramas. Os animais serão separados em grupos distintos: Wild-type não operado, TgPDIA1 não operado, SHAM wild-type, SHAM tgPDIA1, wild-type operado e TgPDIA1 operado. Será feita uma incisão na artéria femoral profunda, por onde passará o fio guia de calibre 0,014’’ que seguirá para a artéria femoral comum e atingindo a artéria ilíaca. Os animais operados serão divididos em grupos de tempo pós-lesão (7, 14, 21 e 28 dias). Histopatologia E Imunomarcação Os vasos serão extraídos, fixados em PFA 4% por 24h a 4ºC, incluídos em parafina. Serão usadas as colorações hematoxilina-eosina, Verhoeff e Vermelho Picrosirius. Seguindo o mesmo processo, os blocos de parafina serão utilizados também para imunomarcação. Resultados O modelo de resposta vascular à lesão mecânica se encontra na etapa de validação. Foi observado que no grupo de 14 dias pós lesão, os animais tgPDIA1 apresentam um trombo oclusivo tardio, isto é, uma formação que deveria ocorrer também nos primeiros dias após a lesão vascular, o que não ocorre nestes animais. Aos 21 e 28 dias, há formação da camada neoíntima em todos os grupos, levando a entender que o trombo foi reabsorvido. O trombo oclusivo tardio parece não afetar negativamente a formação de uma neoíntima aos 21 e 28 dias pós lesão, que é observada nos animais WT e TgPDIA1. ConclusãoAté o presente momento, nossos dados indicam que a superexpressão geneticamente induzida de PDIA1 promove uma resposta à lesão significativamente alterada. Novos experimentos estão em andamento para confirmar a associação da superexpressão da PDIA1 com a formação de trombo tardio, além de validar os grupos para análise histológica e estatística. Financiamento: CEPID Redoxoma Fapesp (nº13/07937-8) e bolsa FAPESP 2021/14131-6. CEUA: 1661/2021. Palavras-chave: Proteína Dissulfeto Isomerase; Resposta Vascular à Lesão Mecânica.
Comissão Organizadora
Gustavo Carvalho
Luiza Malacco
Eliana Hiromi Akamine
Profª Drª Luciana Venturini Rossoni
Ana Paula Couto Davel
José Wilson do Nascimento Corrêa
GIULIA ALESSANDRA WIGGERS
Alice Valença Araújo
Comissão Científica