Ação anti-hipertensiva dos resíduos vinícolas da uva Vitis vinífera incorporados na alimentação de ratos espontaneamente hipertensos

Ação anti-hipertensiva dos resíduos vinícolas da uva Vitis vinífera incorporados na alimentação de ratos espontaneamente hipertensos

• Autor
• Lorrayne de Souza Oliveira
• Co-autores
• Kelly Claire de Moura , Paula B. Pertuzatti , Fernanda R. Giachini
• Resumo

• A fabricação de vinhos gera uma quantidade imensurável de resíduos, majoritariamente borra e bagaço, sem utilização comercial. O objetivo do presente trabalho é comparar a quantidade de resíduos bioativos entre o bagaço e a uva in natura, da espécie Vitis vinífera, produzida no centro-oeste brasileiro. Ademais, avaliamos se a incorporação do bagaço na alimentação de ratos hipertensos possui capacidade anti-hipertensiva. Foram analisadas a presença seguintes compostos bioativos: flavonoides, compostos fenólicos, ácidos fenólicos, taninos condensados e antocianinas, utilizando-se a técnica de espectrofotometria de uv-vis. Posteriormente, foi elaborada uma ração enriquecida com bagaço (0,75%), por peletização e posterior secagem de todos os peletes. Ratos machos (10 semanas de idade), normotensos (Wistar) ou hipertensos (ratos espontaneamente hipertensos, SRH) foram tratados com ração padrão comercial, ou alternativamente, com a ração enriquecida (150 mg/kg/dia por rato), durante 14 dias. A aferição da pressão arterial sistólica (PAS) foi realizada por  pletismografia de cauda com ratos acordados. Todos os procedimentos foram aprovados pelo comitê de ética no uso de animais (CEUA-CUA-UFMT - 23108.010699/2023-18). A concentração de flavonóides (2376,4 vs. 1504,2 mg/dL, p=0,003) compostos fenólicos (89615,8 vs. 441162,5 mg/dL, p=0,049), ácidos fenólicos á (915,6 vs. 60,673,04 mg/dL, p=0,0087),  taninos condensados (2211,64207,6 vs. 109848,1 mg/dL, p=0,0061) e antocianinas (110,9 vs. 8,532,4 mg/dL, p=0,44) foram maiores no bagaço, se comparado à uva in natura, respectivamente. SHR tratados com ração padrão apresentaram níveis pressóricos aumentados, se comparados aos ratos Wistar, nas mesmas condições experimentais (1650,8 vs.1280,9 mmHg, respectivamente, p<0,001). Após 14 dias de tratamento, ratos Wistar tratados com ração enriquecida apresentaram redução nos níveis pressóricos (1164,3 mmHg, p=0,002), se comparados ao grupo Wistar não tratado. A PAS dos ratos SHR tratados com a ração enriquecida (1531,3 mmHg, p<0,001) reduziu significativamente, se comparado ao grupo SHR não tratado. Ao compararmos a PAS dos grupos SHR tratado com o grupo Wistar tratado, ainda observa-se uma diferença na PAS dos grupos (p<0.0001). Conclui-se que o tratamento com a adição de bagaço da produção vinícola na ração dos ratos normotensos e hipertensos, foi capaz de reduzir a PAS de ambos grupos, sem restaurar os níveis pressóricos fisiológicos no grupo SHR. tratamento de hipertensão arterial, além da introdução de produtos nutracêuticos no mercado de consumo.

• Palavras-chave
• Vinhos, Resíduos, Hipertensão.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
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