Resveratrol Diminui Estresse Oxidativo e Melhora Biodisponibilidade de Óxido Nítrico na Obesidade Associada à Síndrome Metabólica em Ratos

  • Autor
  • Leandro Bianchoni Manoel
  • Co-autores
  • Marcela Maria Blascke de Melo , Victor Oliveira Assis , Carlos Renato Tirapelli , Michele Mazzaron de Castro
  • Resumo
  • Introdução: A obesidade é um problema mundial associada à secreção de adipocinas pró-inflamatórias e estresse oxidativo. Estes fatores podem favorecer o surgimento da síndrome metabólica e patologias cardiovasculares como a hipertensão. Sabe-se que o estresse oxidativo contribui para o remodelamento arterial por diferentes vias, como pelo aumento da atividade e expressão de NF-kB, principal fator de transcrição para a metaloproteinase de matriz (MMP)-2. Embora ainda não tenhamos determinado a atividade da MMP-2 neste projeto, sabe-se que ela participa do desenvolvimento do remodelamento mal adaptativo da hipertensão. A rigidez arterial precede o surgimento da hipertensão em animais e indivíduos com síndrome metabólica. Logo, o estresse oxidativo pode estar ligado ao remodelamento arterial por aumentar a atividade de MMP-2. O uso de antioxidantes, como resveratrol, em modelos experimentais tem como objetivo melhorar as disfunções vasculares. Assim, considerando a capacidade antioxidante do resveratrol e seus efeitos protetores no aparelho cardiovascular, a hipótese deste estudo é que o resveratrol reduz o estresse oxidativo, melhorando a biodisponibilidade do NO e consequentemente o remodelamento e disfunção vascular que precedem a hipertensão em ratos com síndrome metabólica. Metodologia: Ratos Sprague Dawley foram divididos em grupos tratados com dieta padrão ou hiperglicídica por 16 semanas, sendo que nas últimas 6 semanas receberam, por gavagem, veículo ou resveratrol (10 mg/kg/d). A pressão arterial sistólica foi aferida semanalmente por pletismografia de cauda, bem como o peso. Até este momento, o plasma foi coletado para a dosagem de parâmetros metabólicos, como triglicerídeos, por exemplo, e a gordura (epididimal, gonadal, retroperitoneal e visceral) foi usada para calcular a taxa de gordura total no animal. A análise estatística foi feita usando ANOVA de duas vias, seguidas por teste Bonferroni, utilizando GraphPad Prism; p<0,05 foi considerado estatisticamente significativo. Resultados: Não houve diferença nas pressões arteriais sistólicas entre os grupos em 16 semanas. Entretanto, os ratos que receberam dieta hiperglicídica apresentaram maior ganho de peso corporal (n=8-10, *p<0,05 vs. Grupos Controles), aumento nas reservas de gorduras (n=8-10, p<0,05 vs. Grupos Controles) e níveis de triglicérides (n=8-10, p<0,05 vs. Grupos Controles). O tratamento com resveratrol não alterou estes parâmetros. Houve aumento de estresse oxidativo no plasma dos ratos tratados com dieta hiperglicídica e o resveratrol foi capaz de reduzir esse biomarcador (n=8-10, *p<0,05 vs. Controle+Resveratrol; #p<0,05 vs. Hiperglicídica). Além disso, houve redução da biodisponibilidade do NO (refletido na diminuição nas concentrações de nitrito plasmático) nos ratos que receberam dieta hiperglicídica e o resveratrol aumentou essas concentrações (n=8-10; *p<0,05 vs. Controle; #p<0,05 vs. Hiperglicídica). Conclusão: Nossos achados mostram, até o momento, que o resveratrol pode melhorar as quantidade de NO plasmático em ratos que receberam dieta hiperglicídica por melhorar o estresse oxidativo.

     

    Apoio Financeiro: CAPES; FAPESP; FAEPA.

  • Palavras-chave
  • Síndrome Metabólica, Resveratrol, Estresse Oxidativo, NO
  • Modalidade
  • Comunicação oral
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  • Projetos Científicos

Comissão Organizadora

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GIULIA ALESSANDRA WIGGERS
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