Efeito Da Exposição À Micropartículas Isoladas De Pacientes Pós-Covid-19 Em Células Endoteliais Saudáveis E Sob Restrição De Aminoácidos

  • Autor
  • Juliana Quinholi Rocha
  • Co-autores
  • Letícia Barssotti dos Santos , Ana Paula Couto Davel
  • Resumo
  • Efeito Da Exposição À Micropartículas Isoladas De Pacientes Pós-Covid-19 Em Células Endoteliais Saudáveis E Sob Restrição De Aminoácidos

    Quinholi, J 1; Barssotti, L2; Davel, AP2.

    1 Faculdade de Ciências Farmacêuticas - FCF/Unicamp; 

    2 Instituto de Biologia- IB/Unicamp.

    Estudos demonstram que de 40 a 80% de pacientes recuperados da infecção por SARS-CoV-2 desenvolvem complicações cardiovasculares que podem persistir por até 12 meses após o diagnóstico. Dentre vários fatores que se associam à gravidade da COVID-19, encontra-se a desnutrição. Nesse cenário, a disfunção endotelial é um dos possíveis mecanismos que contribuem para as sequelas cardiovasculares pós-COVID-19. As micropartículas (MP) circulantes, estruturas membranosas liberadas a partir de ativação ou apoptose celular, carregam moléculas bioativas e podem desencadear respostas vasculares como disfunção endotelial e estresse oxidativo. Assim, levantamos a hipótese de que MP poderiam contribuir para disfunção endotelial na COVID-19 longa. O objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos de MP isoladas de pacientes pós-COVID-19 grave na sobrevivência e função secretória de células endoteliais saudáveis e sob restrição de aminoácidos (aa). Para tal, MP circulantes foram isoladas do plasma de pacientes que desenvolveram COVID-19 grave e foram internados no Hospital de Clínicas da UNICAMP (CAAE: 32076720.9.0000.5404), 1 e 6 meses após a alta hospitalar. Células endoteliais (BAEC) confluentes foram cultivadas em DMEM controle (100% aa) ou DMEM restrição de aa (25% aa) por 48h. Nas últimas 24h, as células endoteliais foram expostas às MP (105 e 106 MP/ml) ou veículo (PBS estéril). Ao fim do protocolo avaliou-se a morte celular (Ho-Pi) e a produção de óxido nítrico (NO) e peróxido de hidrogênio (H2O2) pela fluorescência ao DAF-2DA e Amplex Red, respectivamente. Os dados estão expressos como média±EPM, P<0,05. Como resultados observamos que a restrição de aa elevou a taxa de morte celular (+70,83%), assim como reduziu a liberação de NO (-34,13%) e H2O2 (-24,36%) nas células endoteliais. A incubação das células endoteliais com as MP isoladas de pacientes 1 e 6 meses pós-COVID-19, independente da dosagem, não alterou esses parâmetros quando em meio controle. No entanto, em meio com restrição de aa, a exposição às MP de 1 e 6 meses, nas duas doses estudadas, resultou em aumento de H2O2, sem alterar a produção de NO ou a taxa de morte celular. Em conjunto, os dados sugerem que a restrição de aa in vitro causa disfunção da célula endotelial, com aumento da morte celular e redução da liberação de NO e H2O2. As MP isoladas na fase pós-COVID grave não afetaram os parâmetros avaliados em células endoteliais controle. Porém, na situação de restrição de aa, as MP 1 e 6 meses pós-COVID elevaram a produção de H2O2. Assim, a restrição de aa pode ser um fator de risco para a atividade das MP elevarem a produção de espécies reativas do oxigênio (ROS).

     

    Financiamento: PIBIC/CNPq; FAPESP 2020/09799-5 e 2022/14898-8.

     

    Palavras-Chave: COVID-19 longa; restrição proteica; célula endotelial.

     

  • Palavras-chave
  • COVID-19 longa; restrição proteica; célula endotelial.
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Comissão Organizadora

Gustavo Carvalho
Luiza Malacco
Eliana Hiromi Akamine
Profª Drª Luciana Venturini Rossoni
Ana Paula Couto Davel
José Wilson do Nascimento Corrêa
GIULIA ALESSANDRA WIGGERS
Alice Valença Araújo

Comissão Científica