INTRODUÇÃO: Cada vez mais, a sociedade é constantemente exposta a estímulos estressores. Tal exposição pode gerar respostas adaptativas a nível metabólico, podendo ser influenciadas pelos hormônios sexuais femininos. Dessa forma, torna-se de suma importância caracterizar o efeito do estresse nesse público. OBJETIVO: Caracterizar o protocolo de estresse variável e avaliar seu impacto no perfil lipídico de ratas Wistar. MÉTODOS: O projeto foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade Federal Fluminense sob o n° 9518170621. Ratas Wistar fêmeas (165-190g) foram divididas aleatoriamente em grupos: Estresse e Controle (n=7/grupo). Aos 45 dias de vida, foram submetidas a um protocolo de Estresse Variável (EV), com duração de 8 dias e 4 estímulos estressores. 24 horas após o protocolo de estresse o soro foi coletado e armazenado em ultrafreezer para análise de Corticosterona através de ensaio de ELISA, visando caracterizar o potencial estressor do protocolo. Aos 120 dias de vida, as ratas foram eutanasiadas, sob anestesia, através da punção cardíaca. O soro foi coletado e as alíquotas foram armazenadas em ultrafreezer para análise do perfil lipídico através de kit específico (Bioclin). Com os resultados obtidos de perfil lipídico, o LDL Colesterol foi calculado através da fórmula de Friedewald. Os dados foram testados quanto a sua normalidade pelo teste de Shapiro-wilk e a comparação entre grupos foi feita através do teste T não pareado. Os resultados foram considerados significativos quando p?0,05. As análises foram feitas utilizando o software GraphPad Prism versão 8.0. RESULTADOS: O grupo submetido ao protocolo de estresse apresentou maiores níveis séricos de Corticosterona, quando comparado ao grupo Controle (C: 4,65ng/mL ± 1,36; EV: 5,94ng/mL ± 0,39; p=0,05). Em relação ao perfil lipídico, níveis séricos de Colesterol total (C:70,88mg/dL ± 10,44; EV: 55,97mg/dL ± 22,99; p=0,29), HDL-Colesterol (C: 12,85mg/dL ± 2,69; EV: 11,71mg/dL ± 2,19; p= 0,40) e LDL-Colesterol (C: 48,80mg/dL ± 9,44; EV: 26,26mg/dL ± 6,45; p= 0,07) não apresentaram diferença estatisticamente significativa entre os grupos. Já os triglicerídeos dos animais submetidos ao protocolo de estresse se apresentaram maiores do que os valores do grupo Controle (C: 46,16mg/dL ± 7,12; EV: 90,01mg/dL ± 13,75; p= 0,02). CONCLUSÃO: A exposição ao protocolo de estresse variável foi capaz de promover alteração nos níveis séricos de corticosterona e impactar negativamente os triglicerídeos dos animais, sem impacto direto nos níveis de Colesterol total, HDL e LDL.
Comissão Organizadora
Gustavo Carvalho
Luiza Malacco
Eliana Hiromi Akamine
Profª Drª Luciana Venturini Rossoni
Ana Paula Couto Davel
José Wilson do Nascimento Corrêa
GIULIA ALESSANDRA WIGGERS
Alice Valença Araújo
Comissão Científica