Caracterização de protocolo de estresse variável em ratas Wistar: corticosterona e perfil lipídico

  • Autor
  • Bianca Bittencourt Lucchetti
  • Co-autores
  • Juliana Arruda de Souza Monnerat , Matheus Azevedo Carvalho Martins , Pedro Ribeiro de Souza , Juliana Mentzinger , Gabriel Fernandes Teixeira , Felipe Azeredo Sodré , Raílla Kling Dutra , Larissa Lirio Velasco , Helena Naly Miguens Rocha , Antonio Claudio Lucas da Nóbrega , Natalia Galito Rocha , Renata Frauches Medeiros
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: Cada vez mais, a sociedade é constantemente exposta a estímulos estressores. Tal exposição pode gerar respostas adaptativas a nível metabólico, podendo ser influenciadas pelos hormônios sexuais femininos. Dessa forma, torna-se de suma importância caracterizar o efeito do estresse nesse público. OBJETIVO: Caracterizar o protocolo de estresse variável e avaliar seu impacto no perfil lipídico de ratas Wistar. MÉTODOS: O projeto foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade Federal Fluminense sob o n° 9518170621. Ratas Wistar fêmeas (165-190g) foram divididas aleatoriamente em grupos: Estresse e Controle (n=7/grupo). Aos 45 dias de vida, foram submetidas a um protocolo de Estresse Variável (EV), com duração de 8 dias e 4 estímulos estressores. 24 horas após o protocolo de estresse o soro foi coletado e armazenado em ultrafreezer para análise de Corticosterona através de ensaio de ELISA, visando caracterizar o potencial estressor do protocolo. Aos 120 dias de vida, as ratas foram eutanasiadas, sob anestesia, através da punção cardíaca. O soro foi coletado e as alíquotas foram armazenadas em ultrafreezer para análise do perfil lipídico através de kit específico (Bioclin). Com os resultados obtidos de perfil lipídico, o LDL Colesterol foi calculado através da fórmula de Friedewald.  Os dados foram testados quanto a sua normalidade pelo teste de Shapiro-wilk e a comparação entre grupos foi feita através do teste T não pareado. Os resultados foram considerados significativos quando p?0,05. As análises foram feitas utilizando o software GraphPad Prism versão 8.0. RESULTADOS: O grupo submetido ao protocolo de estresse apresentou maiores níveis séricos de Corticosterona, quando comparado ao grupo Controle (C: 4,65ng/mL ± 1,36; EV: 5,94ng/mL ± 0,39; p=0,05). Em relação ao perfil lipídico, níveis séricos de Colesterol total (C:70,88mg/dL ± 10,44; EV: 55,97mg/dL ± 22,99; p=0,29), HDL-Colesterol (C: 12,85mg/dL ± 2,69; EV: 11,71mg/dL ± 2,19; p= 0,40) e LDL-Colesterol (C: 48,80mg/dL ± 9,44; EV: 26,26mg/dL ± 6,45; p= 0,07) não apresentaram diferença estatisticamente significativa entre os grupos. Já os triglicerídeos dos animais submetidos ao protocolo de estresse se apresentaram maiores do que os valores do grupo Controle (C: 46,16mg/dL ± 7,12; EV: 90,01mg/dL ± 13,75; p= 0,02). CONCLUSÃO: A exposição ao protocolo de estresse variável foi capaz de promover alteração nos níveis séricos de corticosterona e impactar negativamente os triglicerídeos dos animais, sem impacto direto nos níveis de Colesterol total, HDL e LDL.

  • Palavras-chave
  • Estresse, Corticosterona, Lipidograma
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  • Projetos Científicos

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