Daniel Rodrigues1, Edismauro Garcia Freitas-Filho3, Pedro Vargas1,2, Rafael Menezes da Costa1, Nu?bia Sabrina Martins2, Paula Rodrigues de Barros1, Mirele Resende Machado1, Jose? Teles de Oliveira Neto1, Letícia Yumi Okada1, Va?nia Deperon Bonato2, Larissa Dias da Cunha3, Rita Tostes1
Departamento de Farmacologia1, Departamento de Bioqui?mica e Imunologia2, Departamento de Biologia Celular, molecular e Bioagentes Patoge?nicos3 – Faculdade de Medicina de Ribeira?o Preto – Universidade de Sa?o Paulo - FMRP/USP.
Palavras-chave: aldosterona, modificação pós-traducional, disfunção vascular.
Introdução: A autofagia é um processo catabólico que recicla a carga intracelular para manter sua homeostase. O fluxo autofágico é uma resposta adaptativa em diversas condições cardiovasculares. Considerando que proteínas ligadas à regulação da autofagia são modificadas pela O-GlcNAc, este estudo visa determinar se a O-GlcNAcilação (O-glicosilac?a?o com N-acetilglucosamina), induzida por aldosterona regula a autofagia no sistema vascular. Métodos: Análise de genes diferencialmente expressos (DE) em amostras de carcinoma adrenocortical humano (ACC) e tecidos normais adjacentes foram analisadas a partir de dados publicamente disponíveis (número de acesso GSE: 19776). Células endoteliais humanas (EA.hy926) foram tratadas com aldosterona (100 nM) e a O-GlcNAcilação de proteínas e o fluxo autofágico foram avaliados via western blot. Esses parâmetros também foram analisados em aortas torácicas provenientes de camundongos C57BL/6 machos, com 12 semanas pesando aproximadamente 25 gramas tratados com aldosterona (600 ug/kg/dia) por 14 dias via infusão com mini-bomba osmótica. Resultados: Dos genes DE em amostras de ACC, 141 foram identificados como alvo da modificação por O-GlcNAc e 2 deles estão relacionados à autofagia (OGT e TBC1D5). Em aortas provenientes de animais tratados com aldosterona houve aumento da modificação por O-GlcNAc e os indicadores de autofagia que sugerem ativação do fluxo autofágico. In vitro células EA.hy926 tratadas com Aldosterona por 24 ou 48 horas mostraram aumento no conteúdo de LC3-II, indicativo de ativação do fluxo autofágico O mesmo foi observado para a O-GlcNAcilação de proteínas. Conclusão: Esses dados sugerem que a O-GlcNAcilação de proteínas vasculares e ativação do fluxo autofágico em resposta à aldosterona podem estar interligados e podem representar um novo mecanismo pelo qual a aldosterona induz disfunção vascular.
Aprovado na Comissão de Ética no Uso de Animais da FMRP (CEUA-FMRP/USP) – Nº de protocolo: 1025/2021.
Apoio financeiro: FAPESP, CAPES e CNPq.
Comissão Organizadora
Gustavo Carvalho
Luiza Malacco
Eliana Hiromi Akamine
Profª Drª Luciana Venturini Rossoni
Ana Paula Couto Davel
José Wilson do Nascimento Corrêa
GIULIA ALESSANDRA WIGGERS
Alice Valença Araújo
Comissão Científica