A Inibição Da Sinalização De IL-6 Previne a Disfunção Da Artéria Do Cordão Umbilical Induzida Por Soro De Pacientes Com COVID-19 Grave

  • Autor
  • Cellyne Ramos de Almeida
  • Co-autores
  • Júlia Ferreira Lima , Mirele Resende Machado , Juliano Vilela Alves , Ariel Emiliano Soua do Couto , Ligia Cristina Borges Campos , Carolina D'Avila Mesquita , Maria Auxiliadora Martins , Cristiane Becari , Paulo Louzada Júnior , Rita C. Tostes Passaglia , Núbia de Souza Lobato , Rafael Menezes da Costa
  • Resumo
  • Introdução: A doença causada pela infecção do coronavírus 2019 (COVID-19) tem um impacto negativo no perfil de citocinas de mulheres grávidas. Níveis aumentados de citocinas pró-inflamatórias parecem estar correlacionados com a gravidade da doença, além de predispor ao aborto espontâneo ou parto prematuro. As citocinas pró-inflamatórias aumentam a geração de espécies reativas de oxigênio (ERO). Não está claro como a interleucina-6 (IL-6) encontrada na circulação de pacientes graves com COVID-19 pode afetar a saúde gestacional, particularmente no que diz respeito à função do cordão umbilical. Hipótese: A IL-6 presente na circulação de mulheres com COVID-19 grave causa disfunção da artéria do cordão umbilical por aumentar a geração de ERO e ativar proteínas sensíveis ao redox. Métodos: Procedimentos aprovados pelo Comitê Nacional de Ética em Pesquisa do Brasil (CONEP CAAE: 30816620.0.0000.5440 e 24891819.0.1001.8155). Artérias do cordão umbilical foram incubadas com soro de mulheres saudáveis e mulheres com COVID-19 grave. A função vascular foi avaliada por meio de curvas de concentração-efeito para serotonina na presença de veículo ou tocilizumabe (100µg/mL), tiron (1µM), ML171 (1µM) e Y27632 (1µM). A geração de ERO foi avaliada pela quimiluminescência da lucigenina e a atividade da Rho quinase por ensaio enzimático. Resultados: Artérias umbilicais expostas ao soro de mulheres com COVID-19 grave foram hiperreativas à serotonina [(em gramas) Controle: 2,53±0,08 n=11; COVID-19: 3,31±0,11 n=11]. Esse efeito foi abolido na presença de tocilizumabe (2,40±0,09 n=10), tiron (2,37±0,11 n=10), ML171 (2,68±0,09 n=10) e Y27632 (2,54±0,12 n=10). O soro de mulheres com COVID-19 grave aumentou a geração de ROS dependente de Nox1 [(unidades relativas de luminescência) Controle: 100±0,1 n=10; COVID-19: 203±13 n=10; COVID-19_ML171: 111±9 n=10] e a atividade de Rho quinase [(%Controle) Controle: 100±0,1 n=10; COVID-19: 147±4 n=10]. Este aumento foi abolido por tocilizumabe (110±4 n=10) e tiron (105±4 n=10). Conclusão: O soro de mulheres que desenvolveram COVID-19 grave promove disfunção da artéria umbilical associada à hipercontratilidade do músculo liso vascular, pelo aumento dos níveis de IL-6 e, consequentemente, aumento da geração de ERO dependente de Nox1 e ativação da via Rho quinase.  

    Apoio financeiro: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). 

     

  • Palavras-chave
  • COVID-19, IL-6; ERO, Rho quinase, artérias do cordão umbilical.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
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  • Projetos Científicos

Comissão Organizadora

Gustavo Carvalho
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Ana Paula Couto Davel
José Wilson do Nascimento Corrêa
GIULIA ALESSANDRA WIGGERS
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Comissão Científica