Impactos do exercício físico sobre a via CSE na formação de H2S em aorta de ratas em menopausa experimental

  • Autor
  • Rayner Zanoti Pereira
  • Co-autores
  • Simone Alves de Almeida , Gláucia Rodrigues de Abreu
  • Resumo
  • O envelhecimento feminino é caracterizado por várias mudanças orgânicas fisiológicas, em especial a menopausa, resultante da queda na produção ovariana dos estrógenos. Doenças cardiovasculares (DCV) ocorrem com frequência nessa fase associada a importantes alterações no sistema cardiovascular (SCV). Por outro lado, o exercício físico tem se mostrado eficaz na prevenção dessas doenças, por atuar em vias relevantes na reversão dos efeitos patogênicos sobre o SCV. Como exemplo a formação de sulfeto de hidrogênio (H2S) por meio de via enzimática da cistationina-?-liase (CSE), que potencializa a eficiência do relaxamento vascular. Este estudo teve como objetivo analisar os efeitos do exercício físico de corrida sobre a formação do H2S na reatividade em aorta de ratas ovariectomizadas. Foram usadas ratas wistar com 8 semanas de idade, pesando entre 180 a 210g provenientes do biotério central da Universidade Federal do Espirito Santo (UFES) e divididas aleatoriamente em quatro grupos: Sham + Sedentária (Sham + Sed); Sham + Exercício (Sham + Ex); Ovariectomia + Sedentária (OVX + Sed) e Ovariectomia + Exercício (OVX + Ex). Uma semana após a castração, os animais começaram o treinamento físico 5 vezes por semana com o tempo de 60 minutos pelo período de 8 semanas. Após o período de treinamento físico, foram feitos os estudos de reatividade vascular. No final de oito semanas de treinamento, houve uma atenuação da massa corporal nos grupos Sham + Ex (276,00±6,59) e OVX + Ex (305,10±6,51) em comparação aos grupos Sham + Sed (316,10±6,45) e OVX + Sed (341,00±9,57) respectivamente. O Exercício também preveniu o aumento da gordura visceral nos grupos Sham + Ex (10,83±1,26) e OVX + Ex (14,22±1,97) em relação aos grupos Sham + Sed (18,71±1,86) e OVX + Sed (21,00±1,90) respectivamente. Contudo, o principal achado do estudo foi sobre a reatividade com anéis de aorta. Observamos o percentual de relaxamento estimulado pelo H2S por meio da via CSE significativamente maior nos animais que realizaram o treinamento físico. Ao remover o endotélio notamos perda no relaxamento vascula. Entretanto, os animais que realizaram o exercício físico mantiveram o percentual de relaxamento significativamente maior em relação aos animais sedentários. Em conclusão a resposta vasodilatadora estimulado pelo H2S via CSE é maior nos animais que realizaram as 8 semanas de treinamento físico, com isso o exercício físico foi capaz de manter a eficiência do efeito vasodilatador do H2S mesmo na ausência do endotélio, dessa forma evidenciando ser eficaz para prevenção de DCV.

    Este trabalho teve apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Espírito Santo (FAPES).

  • Palavras-chave
  • Exercício Físico, menopausa, H2S, CSE
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  • Projetos Científicos

Comissão Organizadora

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