Introdução: Define-se infecção puerperal qualquer infeção do trato genital ocorrida devido o processo de parto e nascimento, e dentre as manifestações apresenta-se a febre puerperal, conceituada pela temperatura axilar maior ou igual a 38° graus manifestada após 24 horas do parto e com duração mínima de dois dias, dor abdominal que piora a palpação ou toque, útero amolecido e alterações do lóquio. E dentre as principais causas estão as infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) desencadeadas por alguns fatores como número de toques vaginais, uso de fórceps, partos conduzidos por pessoas destreinadas, uso de materiais não higienizados, falta de cuidados pré-natal entre outros. Objetivo: Descrever as principais medidas de prevenção das IRAS no pós parto. Metodologia:Revisão integrativa realizada em maio de 2023 mediante busca na Biblioteca Virtual em Saúde através das bases de dados Scientific Electronic Library Online, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde e Base de Dados em Enfermagem, utilizando os descritores: Infecção puerperal, Infecção Hospitalar, Saúde da Mulher e Assistência Integral à Saúde. Os critérios de inclusão foram: artigos completos, em portuguêes e inglês publicados de 2019 a 2023. De exclusão considerou trabalhos repetidos nas bases e literatura cinzenta. O levantamento inicial resultou em 542 artigos, após análise e aplicação dos filtros de inclusão foram selecionados oito estudos para a amostra final desta revisão. Resultados e discussão: Conforme os estudos analisados, as principais medidas de prevenção e controle das IRAS no processo de parturição são, para o parto vaginal: a paramentação adequada dos profissionais com uso de equipamentos de proteção individual e higienização correta das mãos, a limpeza e desinfeção dos materiais utilizados, inclusive os materiais que forem usados para alívio não farmacológico de dores, a realização da higiene perineal da parturiente com água e sabonete no mínimo três vezes ao dia ou após eliminações fisiológicas, realizar o menor número de toques vaginais, administrar antibioticoprofilaxia nos casos de remoção manual da placenta ou laceração de períneo e orientar a mulher a relatar qualquer sinal e sintoma de infecção. Enquanto no parto cesárea, além de algumas condutas já citadas anteriormente como a higiene, paramentação dos profissionais e antibioticoprofilaxia acrescenta-se o banho de aspersão pré-operatório, a realização da degermação do local próximo à incisão cirúrgica antes de aplicar o anti séptico, bem como realiza-la no sentido correto, a embrocação ginecológica com produto antisséptico aquoso, realizar a manutenção da normotermia durante a cirurgia, atentar-se para não prolongar o tempo do ato cirúrgico, utilizar o checklist de cirurgia segura, realizar o monitoramento constante da incisão cirúrgica e a troca de curativos com técnica asséptica. Considerações Finais: E notório a importância e necessidade da implementação de medidas preventivas uma vez que as infecções relacionadas à assistência à saúde se configuram como um grande fator de risco para o desenvolvimento de complicações obstétricas, principalmente no pós parto imediato podendo desencadear sequelas graves e até mesmo a morte. Dessa forma, é pertinente aos profissionais capacitar-se constantemente para adotar práticas embasadas cientificamente e assim garantir uma assistência segura e integral.
ISBN registrado: 978-65-998917-8-6 . Título: II Conahus: Segundo Congresso Nacional de Humanização na Saúde / Subtítulo: Conahus .
Formato: Livro Digital . Veiculação: Digital https://doity.com.br/anais/segundo-conahus
Anais do Evento: II Congresso Nacional de Humanização na Saúde doi.org/10.55664/conahus2023
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