Introdução: A complexidade dos esquemas terapêuticos devido à elevada incidência da polifarmácia juntamente com os desgastes físicos e cognitivos desencadeados pela idade que acarretam em problemas de memória, e na diminuição da percepção visual e auditiva que podem acometer o idoso, contribui para que haja grande quantidade de erros na administração de medicamentos. Portanto, faz-se necessário o emprego de estratégias facilitadoras para que o paciente compreenda de forma adequada o uso das medicações prescritas, colaborando de forma a minimizar os riscos decorrentes do incorreto uso dos fármacos associados aos déficits educacionais, cognitivos, como esquecimento ou da falta de compreensão da comunicação fornecida.Objetivo: Descrever conforme a literatura estratégias que facilitem a identificação e o uso correto de fármacos pelos idosos. Metodologia:Revisão bibliográfica de caráter descritivo elaborada mediante levantamento realizado em maio de 2023 através das bases de dados eletrônicas tais como: SCIELO, LILACS, MEDLINE E BVS, utilizando os descritores: Uso de medicamentos, Idosos, Estratégias de Saúde. Os critérios de inclusão foram artigos em português e inglês, publicados entre o período de 2017 a 2023, disponíveis de forma gratuita e na íntegra.Resultados:Mediante análise exploratória sete artigos foram selecionados para compor este estudo. Dentre as ações apontadas como facilitadoras para promover a identificação e uso correto de produtos farmacológicos pelos idosos, destacam-se as estratégias de memória, classificadas em internas ou externas. As internas podem ser exemplificadas pela associação da tomada de determinados medicamentos a uma hora específica do dia, como antes do café da manhã, do almoço ou antes de dormir, enquanto as estratégias de memória externas se caracterizam pelo uso de algum registro físico ou produto, como caixas para acondicionamento diário de comprimidos, anotações (na própria embalagem do medicamento ou em outros suportes) que identifiquem o fármacos e a hora de sua ingestão. Esses recursos devem ser guardados em locais de fácil acesso para que o idoso esteja sempre em contato para não esquecer. Outra estratégia de memória externa muito abordada nos estudos, foram os calendários, que são recursos simples, nos quais são listados os medicamentos prescritos e os horários de tomada, marcados em uma tabela. Geralmente, são utilizados pictogramas, como desenhos de sol, refeições e lua para representar os momentos do dia, com a intenção de facilitar sua interpretação por pacientes analfabetos, incluindo aqueles funcionais, uma vez que os pictogramas expressam representações de objetos e conceitos traduzidos em forma gráfica extremamente simplificada, sem perder o significado essencial do que se está representando. Considerações Finais: Conforme o exposto, as dificuldades de tratar os pacientes idosos aliada ao declínio cognitivo advindo com o envelhecimento para compreender o esquema terapêutico, interfere negativamente sobre a eficácia do tratamento farmacológico, em especial para pacientes idosos não alfabetizados. Portanto, a elaboração de estratégias que facilitem sua identificação e uso correto são de extrema importância, e isso requer dos profissionais, além do conhecimento, a empatia para entender as especificidades desse público e com isso tentar usar uma linguagem simples e assertiva para que eles consigam compreender e aderir adequadamente à prescrição médica.
ISBN registrado: 978-65-998917-8-6 . Título: II Conahus: Segundo Congresso Nacional de Humanização na Saúde / Subtítulo: Conahus .
Formato: Livro Digital . Veiculação: Digital https://doity.com.br/anais/segundo-conahus
Anais do Evento: II Congresso Nacional de Humanização na Saúde doi.org/10.55664/conahus2023
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