ESTUDO DA RELAÇÃO FILOGENÉTICA ENTRE CEPAS DE Mycoplasma gallisepticum ISOLADAS DE PATOS-SELVAGENS (Cairina moschata) E CEPAS VACINAIS

ESTUDO DA RELAÇÃO FILOGENÉTICA ENTRE CEPAS DE Mycoplasma gallisepticum ISOLADAS DE PATOS-SELVAGENS (Cairina moschata) E CEPAS VACINAIS

• Autor
• Arthur de Almeida Figueira
• Resumo

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  Mycoplasma gallisepticum (MG), dentre os micoplasmas aviários, é considerado o mais patogênico e de maior impacto na produção de aves. A infecção por MG ou M. synoviae em patos não provoca sinais clínicos como em galinhas, mas a doença subclínica que se instala dificulta o diagnóstico e possibilita a disseminação do agente. A prevenção contra os micoplasmas em avicultura de postura no Brasil é realizada pela adoção de medidas de biosseguridade e pelo uso de vacinas vivas comerciais, como MG-F, 6/85, ts-11 e MG-70. O objetivo deste estudo foi verificar a presença de MG em patos-selvagens de vida livre e analisar a relação filogenética dessas cepas com as cepas vacinais MG-F, 6/85 e ts-11. Foram coletadas, com swabs, amostras da traquéia de 82 patos-selvagens de vida livre, no RJ, e acondicionadas em microtubos com meio líquido de Frey modificado, mantidas sob refrigeração. A extração de DNA foi realizada pelo método de Sambrook & Russell (2006). A PCR para detecção de MG foi realizada segundo Uphoff & Drexler (2002). As amostras positivas foram purificadas pelo kit Illustra GFX PCR DNA and Gel Band Purification (GE Healthcare LifeSciences, EUA) e enviadas à Plataforma de Sequenciamento da FIOCRUZ, RJ.  As sequências dos genes obtidas foram montadas em contigs com o software BioEdit® 7.0.5. A filogenia entre as cepas foi inferida com o método da Máxima Verossimilhança e o modelo Kimura de dois parâmetros, por meio do software MegaX. Dos espécimes analisados, sete foram positivos para MG à PCR (7/82). A presença de micoplasmas em patos selvagens de vida livre favorece a manutenção do patógeno nos ambientes pela existência de portadores subclínicos. As cepas de MG dos patos foram observadas como pertencentes ao mesmo cluster na árvore filogenética e as vacinais foram distintas tanto entre si, como em relação às cepas oriundas dos patos-selvagens. A presença de MG em C. moschata pode representar um desafio de campo para as aves de produção pela possibilidade de manutenção e disseminação do agente. Dada a importância da micoplasmose, são necessários estudos contínuos sobre a circulação de estirpes de MG entre aves selvagens de vida livre e as de produção, para avaliação epidemiológica e adoção de medidas de controle.

   

• Palavras-chave
• Mycoplasma, PCR, patos-selvagens
• Área Temática
• Sanidade Avícola

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