A presença de cães e gatos nos lares brasileiros é cada vez mais expressiva. No ano de 2019, foram estimados cerca de 55 milhões de cães e 25 milhões de gatos no país. Somado a isto, sabemos que a expectativa de vida desses animais tem aumentado consideravelmente graças à boa nutrição e cuidados médicos, tornando a população idosa de cães e gatos uma realidade cada vez mais comum. A diferenciação entre as alterações fisiológicas decorrentes do envelhecimento das que são patológicas é um desafio para o médico veterinário. É comum que os tutores não reconheçam alterações sutis no comportamento de seus animais e, por isso, não reportem aos clínicos. Isso dificulta o diagnóstico precoce de doenças neurodegenerativas, como a Síndrome da Disfunção Cognitiva (SDC) e desfavorece intervenções em estágios iniciais da doença. A SDC consiste no declínio lento e progressivo das habilidades cognitivas, sendo semelhante a Doença de Alzheimer. Caracterizada por alterações comportamentais sem uma causa médica definida, a SDC afeta cães e gatos idosos e a prevalência aumenta com o avanço da idade. Outras doenças e distúrbios comportamentais, como ansiedade, doença renal crônica, doenças osteoarticulares e neoplasias, podem causar sinais clínicos semelhantes aos observados na SDC e devem ser considerados como diagnósticos diferenciais. Apesar do diagnóstico definitivo de SDC ser realizado apenas por meio de exame histopatológico post-mortem, um diagnóstico presuntivo pode ser alcançado pelo histórico, anamnese, sinais clínicos e ressonância magnética. Para tal, se faz necessária uma abordagem diagnóstica proativa em busca de um histórico médico e comportamental completo. Como método de avaliação, os sinais de SDC em cães são resumidos pelo acrônimo DISHA, que também pode ser aplicado em gatos. Esse acrônimo refere-se a: desorientação (D); alterações na interação com proprietários, outros animais e ambiente (I); distúrbios do ciclo sono-vigília (S); perda do treinamento ou comportamentos aprendidos, como usar a caixa de areia (H, do inglês “housetraining”); e alterações no nível de atividade (A). Questionários baseados no DISHA geralmente são utilizados para obter tais informações, gerando pontuações que classificam os animais como normais, em risco ou com diagnóstico presuntivo de SDC. Essa abordagem proativa na investigação da SDC é de suma importância para detectar precocemente as alterações e instituir medidas preventivas para impedir ou retardar o declínio cognitivo.
A SEMAMBRA é organizada pelo Diretório Acadêmico Vital Brazil Filho, de Medicina Veterinária da Universidade Federal Fluminense (UFF), junto a alunos e professores voluntários do curso, e ocorre anualmente em nossa Faculdade de Veterinária UFF e Fazenda Escola Cachoeiras de Macacu. Em sua 43ª edição foi realizada a II Mostra de Trabalhos, com resumos de cunho acadêmico-científico e apresentação dos mesmos. Esta é a segunda edição da "Mostra de trabalhos" e primeira com Anais do evento.
A comissão organizadora e científica agradece a todos pela participação, dedicação e comprometimento em fazer deste evento cada vez maior.
1. A inscrição dos trabalhos deverá ser feita através da plataforma Doity no endereço eletrônico a ser disponibilizado a partir do dia 05/10/2020 em: http://semambra.sites.uff.br/ na aba Trabalhos. Não serão aceitos trabalhos enviados por qualquer outro meio.
2. O autor que submeter o trabalho deverá estar com a inscrição paga no momento da submissão e deverá colocar o número de inscrição gerado pela plataforma para validação do envio.
3. Só serão aceitos trabalhos escritos em língua portuguesa.
4. O prazo final para submissão dos trabalhos científicos será 16/10/2020.
5. O texto do trabalho deverá ser corrido, sem interrupções do seu conteúdo; não deve exceder 2.500 caracteres com espaços; limite de 250 caracteres para o título. Não serão permitidos gráficos e/ou tabelas no texto de submissão. O texto deverá conter:
5.1. Introdução
5.2. Objetivo
5.3. Metodologia
5.4. Resultados e Conclusão.
6. Serão aceitos trabalhos científicos, estudos prospectivos ou retrospectivos, relatos de caso com valor para a comunidade científica, revisões de literatura e projetos de ensino.
7. Cada autor pode submeter um máximo de 2 resumos por inscrição.
7.1. Será permitido um número máximo de 09 Co-autores, totalizando com o autor principal, o máximo de 10 participantes em cada trabalho.
8. O autor principal deverá optar sobre a ÁREA de submissão do resumo conforme abaixo:
8.1. Clínica médica e cirúrgica de Pequenos Animais
8.2. Clínica médica, cirúrgica, produção e reprodução de Grandes Animais
8.3. Sanidade Avícola
8.4. Medicina Veterinária de Animais Selvagens
8.5. Tecnologia de Alimentos e Inspeção de Produtos de Origem Animal
8.6. Saúde Única
9. A apresentação será no formato remoto, através da plataforma Stream Yard, na modalidade SLIDE, e será transmitida ao vivo para o YouTube. Os links para ingresso na plataforma serão disponibilizados aos autores que tiverem seus trabalhos aceitos no dia 23/10/2020,
véspera da apresentação.
10. Julgamento: os trabalhos aceitos serão avaliados nos dias 24/10/2020 e 25/10/2020 (horário a ser informado no corpo do e-mail de aceite) pela Banca Avaliadora. A decisão final desta é considerada suprema, irrevogável e inapelável, a qual não será revista.
11. Resultado: os trabalhos aprovados serão divulgados no dia 19/10/2020. O autor receberá a informação de aprovação do trabalho pelo endereço eletrônico cadastrado no ato de submissão pela plataforma Doity.
Comissão Organizadora
SEMAMBRA
Comissão Científica
André Luís Rios Rodrigues
Claudia Emília Teixeira
Glenio Piran Dal Magro
Luciano Antunes Barros
Organização SEMAMBRA
organizacaosemambra@gmail.com
Diretório Acadêmico Vital Brazil Filho (DAVBF)
vitalbrazilfilho.da@id.uff.br