O aumento da ossificação periosteal ocasionando mudanças no tecido ósseo é denominado hiperostose, sendo esta, uma condição encontrada em diversos peixes marinhos, apesar de ainda pouco relatadas em águas brasileiras. Esse aumento da ossificação modifica a morfologia do osso, deixando-lhe com um aspecto globoso. O objetivo desse trabalho é realizar uma revisão da literatura sobre as principais espécies e regiões ósseas que são afetadas pela condição, bem como as principais hipóteses relacionadas com o surgimento da condição. Foi realizado um levantamento bibliográfico utilizando as plataformas Google Acadêmico, Scielo e Portal Periódico Capes, utilizando-se artigos, dissertações, teses e livros utilizando como palavras-chaves hiperostose, filetagem de peixes, processamento de pescado, osteoma, ossos arredondados e espessamento ósseo. Embora ocorra em diferentes espécies, fósseis e atuais, alguns estudos apontam para uma maior ocorrência em determinadas famílias específicas como Carangidae, Sciaenidae e Sparidae, todas com representantes em águas brasileiras. A espécie mais relatada em diferentes trabalhos é o peixe-espada (Trichiurus lepturus Linnaeus, 1758). Determinadas regiões ósseas podem ser afetadas de uma mesma forma em diferentes indivíduos de uma mesma espécie, dessa maneira, estabelecendo um padrão espécie-específico. Supraoccipital, cleithrum, costelas, ptegiófaros, espinhos hemáis e neurais, bem como vértebras são as regiões mais comumente relatadas. Fatores fisiológicos ou ambientais são apontados para justificar a presença desta condição óssea. Dentre as principais hipóteses, os autores relatam a hiperostose como condição que serve de auxílio de sustentação da nadadeira, envelhecimento, temperatura da água, composição química da água, fatores patogênicos, auxiliar de flutuação, manutenção hidrostática, ambientes hipersalinos, entre outros. Apesar da presença dessa condição aparentemente não afetar o consumo desses peixes, a ocorrência de hiperostose atrapalha a filetagem com a possibilidade de contaminação bacteriana, perda de tecido muscular, imperfeições no corte e, em determinados casos, impossibilidade de filetagem industrial para essas espécies. Com isso, se torna essencial a compilação de estudos sobre o tema seja realizada para descrever como e em quais espécies a anomalia está presente, além de identificar as principais implicações na qualidade e tecnologia do pescado.
A SEMAMBRA é organizada pelo Diretório Acadêmico Vital Brazil Filho, de Medicina Veterinária da Universidade Federal Fluminense (UFF), junto a alunos e professores voluntários do curso, e ocorre anualmente em nossa Faculdade de Veterinária UFF e Fazenda Escola Cachoeiras de Macacu. Em sua 43ª edição foi realizada a II Mostra de Trabalhos, com resumos de cunho acadêmico-científico e apresentação dos mesmos. Esta é a segunda edição da "Mostra de trabalhos" e primeira com Anais do evento.
A comissão organizadora e científica agradece a todos pela participação, dedicação e comprometimento em fazer deste evento cada vez maior.
1. A inscrição dos trabalhos deverá ser feita através da plataforma Doity no endereço eletrônico a ser disponibilizado a partir do dia 05/10/2020 em: http://semambra.sites.uff.br/ na aba Trabalhos. Não serão aceitos trabalhos enviados por qualquer outro meio.
2. O autor que submeter o trabalho deverá estar com a inscrição paga no momento da submissão e deverá colocar o número de inscrição gerado pela plataforma para validação do envio.
3. Só serão aceitos trabalhos escritos em língua portuguesa.
4. O prazo final para submissão dos trabalhos científicos será 16/10/2020.
5. O texto do trabalho deverá ser corrido, sem interrupções do seu conteúdo; não deve exceder 2.500 caracteres com espaços; limite de 250 caracteres para o título. Não serão permitidos gráficos e/ou tabelas no texto de submissão. O texto deverá conter:
5.1. Introdução
5.2. Objetivo
5.3. Metodologia
5.4. Resultados e Conclusão.
6. Serão aceitos trabalhos científicos, estudos prospectivos ou retrospectivos, relatos de caso com valor para a comunidade científica, revisões de literatura e projetos de ensino.
7. Cada autor pode submeter um máximo de 2 resumos por inscrição.
7.1. Será permitido um número máximo de 09 Co-autores, totalizando com o autor principal, o máximo de 10 participantes em cada trabalho.
8. O autor principal deverá optar sobre a ÁREA de submissão do resumo conforme abaixo:
8.1. Clínica médica e cirúrgica de Pequenos Animais
8.2. Clínica médica, cirúrgica, produção e reprodução de Grandes Animais
8.3. Sanidade Avícola
8.4. Medicina Veterinária de Animais Selvagens
8.5. Tecnologia de Alimentos e Inspeção de Produtos de Origem Animal
8.6. Saúde Única
9. A apresentação será no formato remoto, através da plataforma Stream Yard, na modalidade SLIDE, e será transmitida ao vivo para o YouTube. Os links para ingresso na plataforma serão disponibilizados aos autores que tiverem seus trabalhos aceitos no dia 23/10/2020,
véspera da apresentação.
10. Julgamento: os trabalhos aceitos serão avaliados nos dias 24/10/2020 e 25/10/2020 (horário a ser informado no corpo do e-mail de aceite) pela Banca Avaliadora. A decisão final desta é considerada suprema, irrevogável e inapelável, a qual não será revista.
11. Resultado: os trabalhos aprovados serão divulgados no dia 19/10/2020. O autor receberá a informação de aprovação do trabalho pelo endereço eletrônico cadastrado no ato de submissão pela plataforma Doity.
Comissão Organizadora
SEMAMBRA
Comissão Científica
André Luís Rios Rodrigues
Claudia Emília Teixeira
Glenio Piran Dal Magro
Luciano Antunes Barros
Organização SEMAMBRA
organizacaosemambra@gmail.com
Diretório Acadêmico Vital Brazil Filho (DAVBF)
vitalbrazilfilho.da@id.uff.br