Fenologia da floração e frutificação e incidência de partenocarpia em Leopoldinia pulchra Mart. (Arecaceae)

Fenologia da floração e frutificação e incidência de partenocarpia em Leopoldinia pulchra Mart. (Arecaceae)

• Autor
• Nicole Gaertner Schröpfer
• Co-autores
• Maria Gracimar Pacheco de Araújo , Maria Anália Duarte de Souza
• Resumo

• As palmeiras (Arecaceae) são abundantes em florestas tropicais úmidas, apresentando uma variedade de padrões reprodutivos. A formação de frutos nas palmeiras Amazônicas é muito variável, podendo ser raros na infrutescência ou muitos e algumas apresentam alto índice de partenocarpia. Leopoldinia pulchra é uma palmeira endêmica da bacia amazônica, distribuída em áreas inundáveis e tem o ciclo biológico controlado pelo pulso de inundação, podendo ter poucos ou acima de mil frutos/cacho. Portanto, o estudo teve o objetivo de conhecer a fenologia da floração e frutificação, a taxa de produção de frutos viáveis e a ocorrência de partenocarpia, na espécie vivendo em ambiente sazonal. Foi estudada uma população, localizada nas coordenadas Latitude 3º 17`05” Sul e Longitude 60º 11`10” Oeste, Iranduba-AM. Dez indivíduos foram monitorados durante 13 meses, na enchente, vazante e seca, e foram analisadas sete infrutescências. Dados meteorológicos do período de estudo foram obtidos da Rede Hidrometeorológica Nacional. Foram avaliadas sete infrutescências, com quantidade de frutos variando de 12 a acima de 400/cacho, neste caso, foram mensurados 200 frutos. O critério para classificar frutos viáveis foi o pericarpo preservado e sementes bem formadas; frutos partenocárpicos não apresentam sementes. A espécie apresentou um ciclo reprodutivo anual, com lançamento de espatas de agosto a outubro, na vazante, botão floral no período de seca (setembro e outubro) indo até o início do período chuvoso (novembro) e antese registrada nos períodos seco e chuvoso (de setembro a dezembro). Frutos recém-formados, em maturação e maduros foram observados durante o período de seca (de novembro a março) com o final da dispersão no início da enchente, no mês de abril. Do total de frutos avaliados (N=1.104) foi obtido um percentual de 99,27% de frutos viáveis e 0,72% de partenocárpicos. Comparando com outras palmeiras, tanto em condições naturais quanto em cultivadas, a taxa de aproveitamento de frutos viáveis foi alta e a incidência de partenocarpia foi muito baixa. Este estudo contribui com dados importantes sobre o ciclo biológico da espécie em um ambiente sazonal, pode auxiliar seu manejo e conservação e mostra o seu potencial para produção de progênies, pela alta percentagem de aproveitamento de frutos viáveis.

• Palavras-chave
• palmeia, partenocárpicos, pulso de inundação
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Pós-Graduação

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