Aspectos Reprodutivos De Peixes Condrictes e Seu Risco de Extinção: Uma Revisão De Literatura

Aspectos Reprodutivos De Peixes Condrictes e Seu Risco de Extinção: Uma Revisão De Literatura

• Autor
• Michelly Siqueira de Souza
• Resumo

• Os peixes condrictes são um grupo extremamente diverso e com grande sucesso reprodutivo. Esta classe é caracterizada pela fertilização interna e desenvolvimento inicial vitelo dependente, porém a estratégia como o organismo materno armazena esta reserva ou lida com a forma como vai nutrir seu embrião após o fim delas, define os variados modos reprodutivos encontrados neste grupo. O modo de reprodução e as características da história de vida estão associadas aos habitats deste grupo. Por conta disso, o modo reprodutivo também pode ser associado ao risco de extinção desta classe. É essencial conhecer sobre a biologia reprodutiva deste grupo, visto que tais informações podem contribuir para sua conservação e manejo sustentável. Dessa forma, o objetivo desta pesquisa é realizar uma revisão de literatura sobre os variados modos reprodutivos encontrados nesta classe visando compreender suas características em associação ao seu risco de extinção. Foi realizado busca em bases de dados como PubMed, Scopus, Web of Science, entre outras, onde foram aplicados critérios de inclusão e exclusão para selecionar os estudos relevantes. O critério de inclusão foi baseado no tipo de estudo e na sua qualidade metodológica. Os modos de reprodução podem ser classificados de acordo com o tipo de paridade apresentada: oviparidade, no qual os embriões são envolvidos em uma cápsula protetora e depois depositados no substrato, ou viviparidade, onde há retenção de embriões no útero. Além disso, podem ser classificados conforme o tipo de nutrição embrionária presente: lecitotrofia, em que os embriões são dependentes exclusivamente de vitelo, ou matotrofia, na qual o embrião é inicialmente provido pelo saco vitelínico externo e quando este se esgota, a mãe supre a nutrição embrionária através de vários mecanismos. Dessa forma, o risco de extinção é mais baixo para os condrictes ovíparos, maior para os vivíparos lecitotróficos e ainda mais alto em vivíparos matotróficos. Este último modo tem o maior custo energético para as fêmeas pois elas tendem a se reproduzir com menos frequência ou ter ninhadas menores do que aquelas com modos ovíparos e lecitotróficos, diminuindo sua produção reprodutiva e aumentando o risco de extinção.

• Palavras-chave
• Matotrofia, Viviparidade, Conservação
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Inovação

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