LEVANTAMENTO ENTOMOLÓGICO DE FLEBOTOMÍNEOS EM LOCALIDADES ENDEMICAS PARA AS LEISHMANIOSES EM PONTA DE PEDRAS NO ESTADO DO PARÁ NO ANO DE 2022.

LEVANTAMENTO ENTOMOLÓGICO DE FLEBOTOMÍNEOS EM LOCALIDADES ENDEMICAS PARA AS LEISHMANIOSES EM PONTA DE PEDRAS NO ESTADO DO PARÁ NO ANO DE 2022.

• Autor
• Anna Carolina da Silva Batalha
• Co-autores
• Maxwell dos Santos Silva , Marcela de Nazaré das Neves Sabá , Yasmin Rodrigues Alves , Miguel Santos Lobato Rodrigues , Edson Ribeiro Rodrigues , Carla Cristina Almeida da Silva
• Resumo

• Leishmanioses são doenças causadas por diversas espécies do protozoário do gênero Leishmania. O levantamento entomológico é um procedimento para o reconhecimento de espécies e sua distribuição espaço-temporal. É uma ferramenta importante para controlar e combater os mosquitos que causam doenças, como as Leishmanioses, que afetam primeiro os animais e depois as pessoas. No Brasil, o principal vetor da leishmaniose visceral e tegumentar são os flebotomíneos do gênero Lutzomia.spp, conhecidos popularmente como mosquito-palha, tatuquira, asa dura ou cangalha. O Pará é um estado da região amazônica que, tradicionalmente, é afetado por essas endemias, uma vez que possui um ecossistema propício à proliferação de criadouros naturais de vetores. O objetivo deste trabalho é realizar a entomologia de flebotomíneos no município de Ponta de Pedras, para compreender suas particularidades e complexidades, identificar áreas de transmissão autóctone e apresentar dados para discussão para ações futuras de inquérito canino. A ação ocorreu entre os dias 10 a 21 de outubro de 2022, nos bairros São João, Mangabeira e Jagarajó. Em três residências foram colocadas armadilhas luminosas do tipo Center on Disease Control (CDC) por três noites consecutivas. As armadilhas foram expostas no período noturno das 18h as 06h. Resultados: como resultado, na comunidade São João foram capturados 24 flebotomíneos, sendo 14 machos e 10 fêmeas da espécie Lutzomyia longipalpis e nenhum indivíduo da espécie Lutzomyia flaviscutellata. Já na comunidade de mangabeira não foram capturados indivíduos das espécies mencionadas acima. Por fim, no bairro do Jagarajó, foram capturados 61 flebótomos da espécie L. longipalpis, sendo 42 machos e 19 fêmeas e nenhum indivíduo da espécie L. flaviscutellata. Conclui-se que nas localidades do estudo existe a presença do vetor e o risco de transmissão das leishmanioses. Nesse sentido, a comunidade precisa seguir recomendações, tais como o uso de mosquiteiros de malha fina, telar portas e janelas, poda das árvores, limpeza de abrigos de animais, bem como manter os animais fora da casa durante a noite, a fim de diminuir a atração do flebotomíneo para a residência, além da necessidade da atuação da vigilância em saúde municipal em programações sistemáticas de inquérito canino censitário e/ou amostral.

• Palavras-chave
• Leishmaniose, saúde pública, flebotomíneo.
• Área Temática
• Saúde Pública

Voltar Download