Pinos Cruzados no Tratamento de Fratura Salter-Harris em porção Distal Femoral: relato de caso

  • Autor
  • Edgar Sergio da Costa Cardoso
  • Co-autores
  • Laura Carvalho Fernández , Milla Silva Araújo , Maria Gabriela Aparecida Farias Pereira , Eula Beatriz do Rosário Palheta , Beatriz Rosa Silva , Bruno Roberto Vidal Tuani , Sara Oliveira dos Reis
  • Resumo
  • As fraturas distais de fêmur são frequentes em cães e gatos, isto porque quando estes são jovens com menos de 1 ano de idade, é comum a ocorrência de fraturas em epífise femoral, pois ainda não há quantidade necessária de matriz óssea depositada na região metafisária, a tornando mais frágil em relação a ossos, ligamentos e cápsula articular adjacente. As fraturas em linha fisária são classificadas de acordo com o sistema Salter-Harris, que as classifica de acordo com a localização da lesão em referência a linha fisária do tipo I ao V, em epífise distal de fêmur é predominante as fraturas do tipo I (fratura completa da linha fisária) e II (fratura de linha fisária que se estende para a metáfise). O diagnóstico definitivo é através de exames de imagem como radiologia e o tratamento pode ocorrer através de inserção de pinos intramedulares, parafusos “lag” ou pinos cruzados. Em animais jovens, o tratamento cirúrgico pode levar a deformidades angulares, alterações no comprimento femoral e diminuição do movimento articular. Foi atendido no HOVET UFRA no dia 18/09/23, um cão fêmea de 9 meses, da raça Poodle Toy com queixa de acidente automobilístico ocorrido dia 13/09/23, o animal estava com os parâmetros vitais dentro da normalidade, normofagia e normodipsia, tutora já havia realizado raio-x externo de membro pélvico esquerdo que constatou fratura Salter-Harris tipo I em porção distal de Fêmur, foi solicitado hemograma, bioquímico, eletrocardiograma, não houve alterações nos exames solicitados. Foi adotada a estabilização com pinos de Steinmann, onde foi realizada incisão na superfície craniolateral do joelho, foi então incisada a fáscia lata e a cápsula articular, foi exposto local da fratura ao afastar estruturas adjacentes, após isso foi reduzido as porções ósseas distais fraturadas com afastadores de Hohmann em "colher" e introduzidos os pinos cruzados de forma retrógrada com furadeira a bateria, como descrita por FOSSUM. A camada muscular foi fechada com fio (PDS), redução de espaço morto (PDS) e sutura de pele com (Nylon). O pós-operatório foi receitado Omeprazol, Enrofloxacina, Robenacoxibe, Tramadol, Pregabalina e Rifocina para uso tópico, depois de 15 dias observou-se que já estava apoiando a pata, eufórica e foi realizada a retirada dos ponto. Tendo isto em vista, é necessário planejamento cirúrgico adequado para fraturas Salter-Harris que são comuns em cães e gatos jovens, já que o procedimento cirúrgico pode levar a alterações degenerativas.

  • Palavras-chave
  • Salter-Harris, Pinos cruzados, Pinos de Steinmann, Fratura fisária
  • Área Temática
  • Clinica Cirúrgica de Animais Domésticos
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Observação: Correções e ajustes após a publicação do dia 09/11/2023, entrar em contato com a ASCOM/CRMV/PA.

CERTIFICADO PUBLICAÇÃO prazo até dia 10/12/2023.

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