RESISTÊNCIA QUILOMBOLA NO TOQUE DO BERIMBAU: Ferramenta didática no processo de ensino aprendizagem

RESISTÊNCIA QUILOMBOLA NO TOQUE DO BERIMBAU: Ferramenta didática no processo de ensino aprendizagem

• Autor
• Jildaldo de Araujo
• Resumo

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  RESISTÊNCIA QUILOMBOLA NO TOQUE DO BERIMBAU: Ferramenta didática no processo de ensino aprendizagem

  Jildaldo de Araujo

  Email: manogill.al@gmail.com

  Aluno de Pedagogia

  Universidade Estadual de Alagoas - UNEAL

  Professora orientadora: Maria das Graças Correia Gomes

  Resumo

  A diversidade cultural presente nas Redes de Ensino brasileiro é um marco identitário que deve ser respeitado, valorizado e fortalecido nas políticas educacionais e culturais. Neste contexto foi realizada uma pesquisa bibliográfica e uma pesquisa-ação tendo a Capoeira como ferramenta do processo de ensino aprendizagem, que contribui para a transformação didática buscando desenvolver novas estratégias para fortalecer uma prática educativa, reflexiva com ênfase na dimensão histórico cultural e social. Entende-se por ferramentas didáticas os instrumentos que o professor ou professora utiliza em sua ação didática.  Partindo desse pressuposto, o presente estudo afirma que o processo de ensino aprendizagem deve oferecer ao estudante oportunidades diversas que promovam uma aprendizagem dimensional preparando-o para o futuro pessoal reconhecendo-se como sujeito cultural, reforçando seus marcos identitários. Autores como: Costa (1998), Menezes (1976), Munanga (1994), Moreira e Candau (2008), Arroyo (2008), Nadal (2020), Bonfim (2010), Comenius (2014), Locke (1999), Froebel (2003), Gardner (2010) e Gomes (2008) são à base teórica deste artigo. A perspectiva de um currículo desenvolvido culturalmente poderá nos ajudar a construir ações diversificadas que promovam a aprendizagem do educando. Diante desta afirmação, tornou-se essencial promover uma pesquisa-ação que abordar na prática a capoeira como ferramenta de aprendizagem e da valorização ancestral de nossos educandos. Nesse sentido, a busca pela equidade, visa promover a igualdade racial de modo estruturante e beneficiando crianças, adolescentes e jovens em condição de vulnerabilidade social. Em conformidade com a afirmação supracitada a capoeira torna-se um instrumento humanizador, baseado no respeito à diversidade como direito humano, desenvolvendo as políticas de equidade orientadas para a inclusão e construção da justiça social. Tendo como base legal a Lei 10. 639. Esse resgate da valorização ancestral começa na Educação Infantil onde a capoeira é inserida no eixo de brincadeiras e interações estendendo-se para o Ensino Fundamental. Torna-se imperativo, contudo, que o educador da Educação Infantil torne a capoeira, ferramenta didática em sala de aula. Portanto, um currículo que trabalhe a capoeira no universo da criança direcionado a sua imaginação, participar e construir sentidos sobre a natureza e sociedade, tornando-a produtora de cultura. O professor que parte desse parâmetro traça um caminho de acesso e apropriação da criança de inúmeros saberes e conhecimentos essenciais à formação humana. O planejamento das aulas de capoeira no Ensino Fundamental relaciona-se com o desenvolvimento do currículo cultural do educando embasados nos temas das relações étnico-raciais. Ao consolidar a capoeira como ferramenta de formação e produção cultural, promovendo acessibilidade cultural tem mostrado na prática aos coletivos de educadores o entendimento de um currículo voltado para a diversidade, o qual mostra a capoeira como um instrumento didático que permite o desenvolvimento das relações entre o eu e o outro, o resgate ancestral dos sujeitos que sempre foram desrespeitados e vistos como minoria na sociedade. Isso significa garantir para todas as pessoas, uma educação humanizadora.

   

   

• Palavras-chave
• Palavras – chaves: Capoeira. Currículo. Ensino e Aprendizagem.
• Modalidade
• Comunicação oral
• Área Temática
• Campus V - Ensino, Pesquisa e Extensão