Estudam-se, neste percurso, ações de mediação realizadas numa escola de educação básica da rede pública estadual no município de Mogi das Cruzes, estado de São Paulo. Assim, tomando-se como método de pesquisa o exploratório-descritivo, onde se buscou entender o cotidiano violento que circunda a vida escolar em escolas públicas de educação básica, já que, ainda não se percebe um esforço conjunto entre escola, sociedade e Estado de ações que se esforcem em buscar soluções de conflitos e a harmonização do ambiente escolar, da mesma forma que o Estado interpõe práticas no sentido de reduzir a violência e a intolerância entre crianças e adolescentes. Deparamos com os mecanismos da Justiça Restaurativa e da Mediação Escolar, como instrumentos apaziguadores e construtores de uma cultura de paz. A mediação escolar tem o fim de incentivar o educando à integração com a turma, a socialização no ambiente escolar e o acompanhamento do seu processo de aprendizagem com práticas específicas para suas necessidades, utilizando-se de práticas restaurativas. Foram realizados três círculos de diálogos com os alunos que tidos como excluídos pelos demais. Observou-se que, uma determinada aluna, mostrava “muito triste” com a mudança de escola de uma das professoras, demonstrando carência afetiva e um apego exagerado pelo que considerava “amizade” pela professora. O grupo interagiu, mostrando-se solidário a “dor” da colega, sugerindo realizar uma festa de despedida para a professora, e que era a aluna quem iria organizá-la buscando aliviar sua dor, o que foi prontamente aceito por ela.
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Centro de Estudos Interdisciplinares - CEEINTER
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