No Sistema Único de Saúde, o princípio da regionalização tem intuito de ampliar o acesso e acessibilidade aos serviços de saúde por meio de redes regionalizadas de atenção. No contexto das redes de atenção, a Atenção Primaria à Saúde (APS), fundamentada na Interprofissionalidade, é referenciada como a porta de entrada e ordenadora do cuidado em rede, sendo capaz de resolver até 80% dos problemas de saúde da população Este trabalho objetiva-se discutir a interprofissionalidade nos serviços de saúde como caminho para a resolutividade e qualificação do cuidado em um contexto de regionalização das redes de atenção à saúde. Verificou-se a compartimentalização do atendimento de acordo com a categoria profissional, não sendo observadas características relacionadas à prática interprofissional nas instituições. Ferramentas de gestão da clínica, relacionados à interprofissionalidade, se apresentam como apoio matricial, instrumentos de referência e contra-referência, reuniões de equipe, discussões clínicas multidisciplinares e projeto terapêutico singular foram raramente verificadas em ambas realidades. A regionalização viabiliza a integralidade assistencial, porém a APS e a atenção hospitalar, constituídas em rede, necessitam se apropriar de ferramentas que possibilitem maior qualificação e resolutividade na atenção à saúde dos usuários. Ademais, a governança regional deve enfrentar a uniprofissiolidade com planejamento, desde as questões locais às políticas estratégicas, utilizando-se de novas tecnologias como PET-saúde (Programa de Educação Tutorial) em Interprofissionalidade. Nesse ínterim, a Prática Interprofissional e Colaborativa em Saúde é um caminho para uma atenção à saúde mais abrangente, ampliada, qualificada e efetiva aos usuários dos serviços de saúde.
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