O presente trabalho apresenta resultados parciais da pesquisa sobre o aumento do índice de violências contra crianças e adolescentes que encontram-se em isolamento social, que devido a pandemia da Covid-19. Para muitos a casa é um local seguro, no entanto, isso não se estende a todas as crianças e adolescente. Segundo dados do Ministério da Saúde - MS de 2018, foram registrados em torno de 32 mil casos de violência sexual contra crianças e adolescentes, esse índices equivalem em média para mais de 3 casos por hora. Ainda de acordo com os dados do MS, sabe-se que dois terços dos episódios de abuso registrados ocorreram dentro de casa. Além disso, segundo um relatório publicado no dia 20 de maio de 2020, pela Organização Não-Governamental (ONG) World Vision é considerado que até 85 milhões de menores de idade, principalmente entre 2 e 17 anos, poderão se somar às vítimas de algum tipo de violência sejam elas físicas, emocionais e/ou sexuais nos próximos meses em todo o planeta. No Brasil, há um perfil para quem mais sofrem abusos, são meninas e em suma maioria são abusadas por pais/padrastos ou até mesmo conhecidos próximos. Ademais, com a pandemia e a falta de controle perante a contaminação levando as pessoas a ficarem cada vez mais retidas em suas residências ampliou as violências domésticas intrafamiliares e, possivelmente, tendem a aumentar a cada dia. Soma-se a isso, a necessidade de fechamento de escolas, ONGS, centros comunitários entre outros que atendem esse público e a partir disso eles/elas são obrigados a ficar retidos com seus possíveis agressores. Para construção dessa pesquisa adotou-se um levantamento de dados do Ministério da Saúde, e optou-se por uma revisão de literatura para dialogar e refletir sobre a violência sexual no Brasil durante a pandemia do Covid-19.
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