O objetivo deste trabalho foi tentar entender como acontecem nos processos cotidianos a (co)construção das masculinidades pelas performatividades de dois “alunos-problema” diagnosticados com Transtorno do Défcit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e como a psicologização da infância pode invizibilizar esses processos. Pelos estudos sobre as performatividades das masculinidades, pensamos como as redes de significados em torno destas performatividades conferem aos homens a lógica de domínio desde a mais tenra idade. A metodologia do trabalho foi de cunho qualitativo com a utilização da observação participante do cotidiano escolar, entrevistas e anotações de conversas informais consideradas relevantes, anotadas em diário de campo para a geração de dados. Foi possível ver que, mesmo por indivíduos em uma localização social privilegiada em aspectos de gênero e étnico-raciais, as normas hegemônicas podem ser tanto reproduzidas como subvertidas e a problematização dessas performatividades podem auxiliar na construção de sujeitos mais críticos de suas próprias ações e discursos desde a infância.
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