A LEITURA CRÍTICA E O ANALFABETISMO FUNCIONAL: O IMPACTO DO PIBID NO ENSINO FUNDAMENTAL II

A LEITURA CRÍTICA E O ANALFABETISMO FUNCIONAL: O IMPACTO DO PIBID NO ENSINO FUNDAMENTAL II

• Autor
• João Vitor Matias da Silva
• Co-autores
• Glaudiene Gomes dos Santos , Rosimeire Barbosa da Silva de Castro , Maria Betânia da Rocha de Oliveira
• Resumo

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  O analfabetismo funcional representa um dos mais persistentes desafios da educação brasileira, evidenciado pela dificuldade de muitos estudantes em compreender, interpretar e aplicar, de forma crítica e contextualizada, os textos presentes no cotidiano, mesmo após a alfabetização formal. Diante dessa realidade, o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), por meio do subprojeto em Letras “Letramentos e ensino: práticas de linguagens e formação de leitores críticos”, destaca-se como uma política pública formativa que promove práticas pedagógicas inovadoras, com foco na superação das limitações impostas pela ausência de letramento crítico. Este estudo tem como objetivo analisar os impactos da atuação dos licenciandos do PIBID na promoção da leitura crítica junto aos estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental II em uma escola da rede pública municipal de São Miguel dos Campos-AL. A metodologia adotada é qualitativa, com base em observações sistemáticas de atividades em sala de aula, buscando compreender como os processos de leitura são mediados no cotidiano escolar e de que forma contribuem para a autonomia leitora e a formação cidadã. A fundamentação teórica ancora-se em autores como Ruth Verde Zein (2023), que entende a leitura crítica como prática estética e política de resistência e conscientização e Carlos Henrique Musashi (2023), cuja análise sobre o analfabetismo funcional evidencia a necessidade de práticas escolares voltadas à significação social da linguagem. Complementam-se os aportes de como Rildo Cosson (2014), que propõe a sequência didática como estratégia para o letramento literário; Roxane Rojo (2012), que defende o letramento como prática social e multimodal, atrelada a contextos diversos de uso da linguagem; e Inês Signorini (2015), cuja perspectiva sociolinguística critica a naturalização do letramento escolar e aponta a necessidade de práticas mais significativas. Ainda são retomados os fundamentos de Paulo Freire (1987), cuja perspectiva crítica da educação valoriza a leitura do mundo como condição para a leitura da palavra. Os resultados indicam que a inserção dos pibidianos no contexto escolar, com orientação docente e ações planejadas, contribui para ampliar o engajamento dos alunos nas atividades de leitura e interpretação crítica, tornando o texto uma ferramenta de reflexão e transformação. O contato com práticas de letramento crítico possibilita a construção de sentidos a partir de suas realidades, promovendo o desenvolvimento de competências essenciais para a participação social ativa. Conclui-se que o PIBID cumpre papel fundamental na formação docente inicial e no enfrentamento do analfabetismo funcional, ao incentivar a reflexão sobre os usos da linguagem e ao promover a leitura crítica como instrumento de emancipação intelectual e social.

• Palavras-chave
• Iletrismo; Leitor crítico; Criticidade; Multiletramento; Ensino e aprendizagem.
• Modalidade
• Comunicação oral
• Área Temática
• Campus IV