Resposta produtiva do pimentão ao uso de bioestimulante durante o período chuvoso

Resposta produtiva do pimentão ao uso de bioestimulante durante o período chuvoso

• Autor
• Otavio Rodrigues dos Santos
• Co-autores
• Rubens Pessoa de Barros , Estefânia Vitória da Hora Marques , Ednelson Romão Freitas de Araujo , Alice Simone da Silva , Maria Aline Oliveira da Silva , Taciana Ferreira dos Santos , Abel Barbosa Lira Neto
• Resumo

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  O presente trabalho buscou avaliar a influência do uso de bioestimulante na produtividade da cultura do pimentão. O pimentão (Capsicum annuum L.) é uma das culturas mais importantes no Brasil, contudo apresenta baixas produtividades durante períodos chuvosos, devido à menor insolação e aos problemas fitossanitários ocasionados pela umidade. Nesse contexto, torna-se necessária a aplicação de produtos que estimulem o desenvolvimento e a produtividade da cultura. O uso de bioestimulantes à base de algas em cultivares comerciais tem aumentado, devido à sua capacidade de induzir a resistência a doenças e elevar o rendimento (MELO et al., 2020; PROJETO ALGOJ, 2025). O estudo foi realizado em área experimental agrícola, no Polo Tecnológico Agroalimentar de Arapiraca. A variedade escolhida foi o pimentão Kolima F1, o espaçamento utilizado no estudo foi de 0,8 x 0,4 m, buscando maior adensamento de plantas. O bioestimulante utilizado foi o Acadian®, um produto comercial à base de 100% do extrato da alga Ascophyllum nodosum, aplicado na dose de 2,5 mL/L. A adubação de fundação e cobertura foi elaborada seguindo análise de solo, foram utilizadas, como nutrição complementar aplicações foliares. E para o manejo das pragas, foi utilizado Boveri evo + Kento Kung Fu. O delineamento experimental consistiu em sete blocos, com sete tratamentos por bloco, sendo os tratamentos distribuídos ao acaso: T0 – Sem aplicação do extrato; T1 – Uma aplicação por semana; T2 – Duas aplicações por semana; T3 – Aplicações conforme recomendação do fabricante; T4 – Uma vez ao mês; T5 – Uma vez a cada 21 dias; T6 – Somente extrato de algas a cada 15 dias. Utilizou-se um pulverizador de 1,2 L para realizar a pulverização sobre as folhas das plantas. As coletas de produtividade foram realizadas aos 57 dias após o transplantio (DAT) e os dados foram submetidos ao teste de Tukey a 5% de significância. A produtividade do pimentão apresentou melhor desempenho no tratamento T3, com aplicações seguindo as recomendações do fabricante para hortaliças, resultando em um aumento significativo de 5% para a primeira colheita, em comparação à testemunha. Por outro lado, as demais frequências de aplicação não demonstraram efeitos significativos na primeira colheita, com produções inferiores à da testemunha, com destaque para o tratamento T6, no qual foram realizadas apenas aplicações do extrato de algas, resultando em uma produção 15% inferior à da testemunha. Villa et al. (2023) em seu trabalho ao avaliar o uso de extratos de algas na cultura do tomateiro, observou um aumento significativo na produtividade em função das formas de aplicação adotadas, sendo o jato dirigido e a pulverização foliar os métodos testados. Os resultados obtidos indicam que a eficiência dos bioestimulantes pode variar não apenas pela frequência, mas também pela técnica de aplicação utilizada, embora os cultivos apresentem diferenças fisiológicas, tais achados corroboram, em parte, com os resultados do presente estudo, no qual as frequências de aplicação também influenciaram diretamente a produtividade do pimentão. Conclui-se que, para o desenvolvimento inicial e a primeira colheita da cultura do pimentão, o tratamento T3 demonstra maior eficiência.

• Palavras-chave
• Agricultura sustentável, Controle Biológico, Ascophyllum nodosum.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Campus I