Educação e Preconceito: Implicações das relações sociais na construção do respeito e da empatia entre crianças.

Educação e Preconceito: Implicações das relações sociais na construção do respeito e da empatia entre crianças.

• Autor
• Hellen Vitoria Ernesto Santos
• Co-autores
• Juliana Soares da Silva
• Resumo

• No âmbito escolar observa-se a prática de diversos tipos de preconceitos advindos de diferentes espaços. Os educandos, que são fortemente influenciados pelo contexto em que vivem, assim como pelas vivências na sociedade, acabam por reproduzir comportamentos e falas discriminatórias nas relações estabelecidas. Diante disso, torna-se necessário fortalecer, na esfera educacional, desde os primeiros anos, a formação ética e cidadã, baseada no respeito às diferenças, principalmente, na fase de desenvolvimento do caráter e da personalidade dos sujeitos. Na sociedade, no que se refere aos comportamentos de indivíduos, seguem-se premissas colonizadoras e intolerantes que por vezes influenciam em realidades vistas nas salas de aula e que implicam diretamente nos aspectos empático e crítico das crianças. Dessa forma, conforme os pensamentos de Martins (2018) é necessário adotar uma postura crítica sobre o caráter monocultural e do etnocentrismo pois, muitos são os desafios para a valorização e reconhecimento das diversas culturas com as práticas que se configuram no espaço, para os diferentes grupos sócio-culturais. Assim, este trabalho defende a inclusão de ações educativas no currículo escolar que promovam valores sociais que possibilitem o diálogo entre diferentes realidades. Nesse contexto, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) – Lei nº 9.394/1996 –, Artigo 3º, estabelece os princípios que devem nortear o ensino, destacando: o respeito à liberdade e o apreço à tolerância; a valorização da diversidade étnico-racial; e a promoção dos direitos humanos. Essas diretrizes são cruciais para orientar o ensino de forma a reforçar a construção de uma sociedade mais justa, valorizando, assim, o espaço dos diferentes grupos (BRASIL, 1996, Art. 3º). Partindo desse pressuposto, a metodologia utilizada baseia-se em estudos bibliográficos e documentais com uma abordagem qualitativa, tais estudos serão norteadores no processo de esclarecimento no que se refere à temática pesquisada, na qual será empregada a análise de conteúdo e do discurso para realização da investigação, onde foram utilizados consultas na legislação educacional como a Lei de Diretrizes e bases  da Educação Nacional (Lei n° 9.394/1996). Partindo da análise das contribuições teóricas e dos documentos legais, observa-se que a escola ainda enfrenta dificuldades para lidar com os desafios existentes na sociedade, especialmente no ambiente familiar, no que se refere a superação do preconceito e da discriminação, bem como cita Gomes (2017, p. 22) “a escola precisa estar preparada para combater o preconceito e a discriminação”. Por fim, percebe-se que os documentos oficiais estabelecem critérios e orientam a construção de um currículo democrático e inclusivo que promova propostas de intervenção e unifique a participação das famílias no combate aos diversos tipos de preconceitos. Sob esse viés, verifica-se a necessidade de defender e implementar ações pedagógicas que valorizem a identidade dos alunos, uma vez que, como destaca Vygotsky (1998), o desenvolvimento ocorre por meio das interações sociais e da valorização do contexto cultural.

   

• Palavras-chave
• Formação social. Equidade. Relação parental. Intolerância.
• Modalidade
• Comunicação oral
• Área Temática
• Campus I