Emprego de coproduto da soja em processo biotecnológico para produção de amilases fúngicas

Emprego de coproduto da soja em processo biotecnológico para produção de amilases fúngicas

• Autor
• Héberly Fernandes Braga
• Co-autores
• Heloiza Ferreira Alves do Prado , Milla Alves Baffi
• Resumo

• O beneficiamento industrial da produção agrícola para a elaboração dos distintos produtos de interesse humano é composto de diversas etapas, que geram diferentes compostos orgânicos. Muitos desses podem ser aproveitados, especialmente por ainda apresentarem energia potencial metabolizável e nutrientes. Objetivou-se assim empregar o farelo de soja de uma agroindústria como substrato fornecedor de carbono, para o cultivo do fungo Gongronella butleri, visando induzir a produção de amilases. Os testes foram realizados a 25, 30 e 35ºC. Cinco discos (5 mm) contendo micélios puros cultivados in vitro em placas de Petri com ágar PDA, nas temperaturas citadas e por 72 h foram retirados e depositados, em triplicata, sobre frascos esterilizados contendo farelo de soja (2 mm) umedecido com solução salina. Os sistemas fermentativos foram incubados, sem agitação, no mesmo tempo e temperaturas anteriores. Em cada frasco foi adicionado 50 mL de água estéril, os quais foram agitados (100 ciclos.min.^-1) a 25ºC por 1 h. Os fermentados foram filtrados e centrifugados (10.000 g), por 10 min., sendo o sobrenadante empregado para a determinação da atividade amilolítica, a qual foi mensurada por colorimetria em espectrofotômetro (700 nm) usando o método dextrinizante, baseado na capacidade das enzimas de reduzir 10% da cor azul do complexo iodo-amido por minuto. A temperatura de 25ºC induziu a maior atividade amilolítica (3,15 U.mL^-1), apesar não diferir significativamente (p < 0,05) das atividades enzimáticas determinas a 35ºC (2,38 U.mL^-1) e 30ºC (2,05 U.mL^-1). Mesmo não sendo observado influência estatística das temperaturas testadas sobre a produção de amilases, nota-se que o emprego da temperatura de 25ºC do ponto de vista de redução de custos e consumo de energia, durante a produção das amilases, é economicamente mais viável é mais atraente. O coproduto farelo de soja atuou como um substrato fornecedor de nutrientes e fonte de carbono na indução da produção de amilases por G. butleri, permitindo ampliar e agregar o emprego desse composto agroindustrial na produção de produtos de maior valor econômico, como as enzimas, e ao mesmo tempo reduzir descartes indesejáveis no ambiente.

• Palavras-chave
• aproveitamento agroindustrial, biomassa, fermentação sólida
• Área Temática
• Ciências Biológicas