Fotogrametria terrestre aplicada à espeleotopografia: Estudo de caso na Gruta do Urubu (Coromandel-MG)

Fotogrametria terrestre aplicada à espeleotopografia: Estudo de caso na Gruta do Urubu (Coromandel-MG)

• Autor
• Mardem Melo Silva
• Co-autores
• Marco Antonio Delinardo da Silva , George Deroco Martins
• Resumo

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  A fotogrametria digital terrestre permite a produção de modelos tridimensionais de objetos a partir de uma densa nuvem de pontos extraída de sequencias fotográficas com sobreposição de pelo menos 60%. As sequencias fotográficas podem ser obtidas com câmeras digitais convencionais, ou câmeras de celular e posteriormente processadas em softwares (ex. Agisoft Photoscan) que permitem o alinhamento das imagens, assim como a geração e o georreferenciamento do modelo tridimensional. A aplicação deste método no mapeamento de cavidades naturais pode garantir maior precisão aos produtos gerados e permite que estas feições sejam visitadas virtualmente através dos modelos tridimensionais. No entanto, é preciso sistematizar a coleta de dados fotogramétricos em cavidades visando a definição de um fluxo de trabalho e a otimização do mapeamento espeleotopográfico. O presente trabalho apresenta resultados parciais da aplicação de fotogrametria digital terrestre ao mapeamento de cavidades, utilizando a Gruta do Urubu, Coromandel (MG) como estudo de caso. A fotogrametria foi precedida por um mapeamento espeleotopográfico básico realizado pelo método de poligonação e irradiação. O levantamento da poligonal aberta na Gruta do Urubu permitiu a confecção da planta baixa da caverna e dos perfis dos seus salões e condutos principais e a obtenção de coordenadas geográficas necessárias ao georreferenciamento do modelo tridimensional. As primeiras sequências fotografias foram obtidas com uma câmera Canon modelo SX170IS de duas formas distintas: (i) apoiando a câmera sobre um tripé e realizando uma revolução sobre seu eixo variando o ângulo em Z e; (ii) através de um caminhamento paralelo aos eixos maiores e menores dos condutos e salões da caverna variando o ângulo em Z. A princípio, o flash da câmera foi utilizado como fonte de iluminação no interior da caverna. As primeiras sequencias fotográficas remontam de forma parcial a cavidade, onde 177 fotos das 191 registradas foram alinhadas, resultando em uma densa nuvem com 30.198.161 pontos e 671.068 faces, exigindo alta capacidade de processamento. Novas sequencias fotográficas serão obtidas com a câmera de um celular e com fonte de iluminação externa, permitindo uma comparação entre os modelos gerados e uma discussão sobre a melhor forma de aplicar fotogrametria ao mapeamento de cavernas.  

   

• Palavras-chave
• Mapeamento espeleotopográfico, fotogrametria terrestre, cavernas, modelo tridimensional.
• Modalidade
• Vídeos
• Área Temática
• Ciências Ambientais