Áreas remanescentes de preservação natural enfrentam diferentes tipos de pressões ambientais em função do meio em que estão inseridas. O domínio Cerrado é considerado um dos 34 hotspots de biodiversidade do mundo, sendo que metade da sua vegetação original já foi perdida. O Parque da Matinha, localizado no Município de Monte Carmelo (MG), não é considerado oficialmente como Unidade de Conservação segundo as regras do SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação). Assim como muitas áreas florestais urbanas, o parque enfrenta diversas pressões ambientais que ameaçam sua integridade ecológica e funcional, com implicações significativas para sua conservação. Diante disso, objetivou-se analisar os principais fatores de pressão ambiental no Parque da Matinha, um importante remanescente florestal de Cerrado e que também abriga espécies características de Mata Atlântica. Foram analisados alguns indicativos de pressões ambientais, como: desmatamento (i), poluição em sentido amplo (ii), sobre-exploração (iii), introdução de espécies invasoras (iv), fragmentação de habitats (v), expansão imobiliária (vi) e atividades recreativas desordenadas (vii). Para o levantamento foram realizadas dez expedições de campo, onde as evidências foram registradas por meio de fotografias georreferenciadas durante as trilhas feitas in loco. Os resultados atestam a ocorrência de todas as pressões analisadas e confirmam as preocupações quanto à conservação da floresta, que apresenta sinais de desmatamento, com atividades visíveis de exploração; poluição, com constatação de lixo distribuído ao longo da trilha em todas as expedições; e poluição visual causada pela presença de outdoors comerciais em frente ao parque. Além disso, foi observado espécies invasoras, com destaque para lianas e cipós presentes nas áreas de bordas do fragmento, que visualmente aumentam a taxa de mortalidade das árvores de borda; fragmentação, com área de clareira dominada por Urochloa spp., resultado de exploração antiga; expansão imobiliária no entorno do parque e eventuais conflito com moradores locais por questões de legalidades fundiárias; e inexistência de gestão eficiente quanto a visitação na área, comprometendo o equilíbrio necessário nesses ecossistemas. O diagnóstico aqui realizado alerta para a necessidade de implementação de políticas de gestão integrada, de modo a promover educação e sensibilização ambiental, monitoramento contínuo e estratégias conservacionistas.
Editoração e organização
Andressa Giovannini Costa
Charlene Moro Stefanel
Gleice Aparecida de Assis
Tatiane Melo de Lima
Vanessa Andaló
Vicente Toledo Machado de Morais Junior
Revisor Adhoc
Adriana Tiemi Nakamura
Aline Gonçalves Spletozer
Alvaro Augusto Vieira Soares
Amanda Azevedo Cassiano
Andressa Giovannini Costa
Anna Caroline Costa Fanalli
Carla Cristina Alves Mendes
Edivane Cardoso da Silva
Edson Simão
Fernando Luiz de Paula Santil
Franscinely Aparecida de Assis
Gabriel Mascarenhas Maciel
Givago Coutinho
Guilherme Costa Santos
Guilherme de Almeida Garcia Rodrigues
Gustavo Moreira Ribeiro
Igor Pereira Costa
Isabella Salgado Faustino
Isaías Antonio de Paiva
Jardel Boscardin
Jocimar Caiafa Milagre
Josef Gastl Filho
Larissa Grasiela de Arruda Ferreira Costa
Laura Cristina Moura Xavier
Lucas José Mendes
Luciano Cavalcante de Jesus França
Marco Iony dos Santos Fernandes
Mariana Rodrigues Bueno
Natalia Martins Freitas
Odair José Marques
Osvaldo Rettore Neto
Pedro Enrico Salmim Fonseca Spanghero
Regina Maria Gomes
Roque de Carvalho Dias
Roseli Mendonça Dias
Sueli Moura Bertolino
Tatiana Mayumi Tamura
Tatiane Melo de Lima
Vanessa Andaló
Vicente Toledo Machado de Morais Junior
Welery Roel de Azevedo
Zimábwe Osório Santos
DUVIDAS, SUGESTÕES E INFORMAÇÕES
sicaaufu@gmail.com