DIAGNÓSTICO DA CONSERVAÇÃO DAS FLORESTAS NATIVAS EM MINAS GERAIS

  • Autor
  • Vicente Toledo Machado de Morais Junior
  • Co-autores
  • Amanda Maria Martins de Souza , Pedro Emídio Gonçalves Vaz , Rafael Maick dos Santos , Roberto Maciel Filho , Luciano Cavalcante de Jesus França
  • Resumo
  • Diversas nações têm estabelecido ferramentas e estratégias de proteção as florestas nativas como forma de conservar a biodiversidade e mitigar os efeitos das mudanças climáticas. O objetivo deste estudo foi realizar um diagnóstico da conservação de florestas nativas de Minas Gerais (MG) em 2020 e 2021. A metodologia utilizada consistiu em análise de plataformas públicas brasileiras, sendo elas (i) MapBiomas uso e cobertura (versão 8.0) – Módulos: (A) “Cobertura”; B) “Desmatamento”; “Cicatrizes de fogo; e Água” (ii) MapBiomas Alerta (iii) Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa. A Supressão da Vegetação (SV) primária e secundária em 2020 foi 36.203 ha e 33.936 ha, respectivamente. Já em 2021, a SV primária e secundária foi 43.385 ha e 45.025 ha, respectivamente, portanto, houve um aumento de 26% na SV. A Área em Processo de Desmatamento (APD) houve uma evolução de 46.412,17 ha (2020) para 48.509,64 ha (2021). O total de Alertas de Desmatamento (AD) para o estado foi de 3.520 (2020) e 2.412 (2021), portanto, diminuiu 32%. Com relação a Área Queimada (AQ), observou-se 348.173 ha em 2020, não há dados para 2021. A Superfície de Água (SA) de MG diminuiu 7% na sequência avaliada (617.071 ha – 2020; 577.303 ha – 2021), esse indicador possui relação com as áreas florestais. As emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) relativas à Mudança do Uso da Terra (MUT) diminuiu (32.578.789 tCO2eq – 2020; 30.004.896 tCO2eq – 2021), para a Agropecuária houve aumento (58.333.410 tCO2eq – 2020; 60.533.968 tCO2eq – 2021). A SV e APD no estado aumentou entre os anos avaliadas, consequentemente houve diminuição da SA e aumento das emissões de GEE para a Agropecuária. No entanto, ressalta-se que o número de AD e as emissões de MUT tiveram diminuição nesse período. Esse fato, indica que os remanescentes florestais menores estão sendo suprimidos para ampliação da área de agropecuária. Conclui-se, que remanescentes menores de florestas nativas estão sendo pressionados em MG, isso exige mecanismos de fiscalização ambiental efetivo e políticas públicas ambientais fortalecidas e direcionadas para esses remanescentes, visto a importância dessas florestas para a sociedade, meio ambiente.

  • Palavras-chave
  • MapBiomas, mudança climática, SEEG.
  • Área Temática
  • Ciências Florestais
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