Diversas nações têm estabelecido ferramentas e estratégias de proteção as florestas nativas como forma de conservar a biodiversidade e mitigar os efeitos das mudanças climáticas. O objetivo deste estudo foi realizar um diagnóstico da conservação de florestas nativas de Minas Gerais (MG) em 2020 e 2021. A metodologia utilizada consistiu em análise de plataformas públicas brasileiras, sendo elas (i) MapBiomas uso e cobertura (versão 8.0) – Módulos: (A) “Cobertura”; B) “Desmatamento”; “Cicatrizes de fogo; e Água” (ii) MapBiomas Alerta (iii) Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa. A Supressão da Vegetação (SV) primária e secundária em 2020 foi 36.203 ha e 33.936 ha, respectivamente. Já em 2021, a SV primária e secundária foi 43.385 ha e 45.025 ha, respectivamente, portanto, houve um aumento de 26% na SV. A Área em Processo de Desmatamento (APD) houve uma evolução de 46.412,17 ha (2020) para 48.509,64 ha (2021). O total de Alertas de Desmatamento (AD) para o estado foi de 3.520 (2020) e 2.412 (2021), portanto, diminuiu 32%. Com relação a Área Queimada (AQ), observou-se 348.173 ha em 2020, não há dados para 2021. A Superfície de Água (SA) de MG diminuiu 7% na sequência avaliada (617.071 ha – 2020; 577.303 ha – 2021), esse indicador possui relação com as áreas florestais. As emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) relativas à Mudança do Uso da Terra (MUT) diminuiu (32.578.789 tCO2eq – 2020; 30.004.896 tCO2eq – 2021), para a Agropecuária houve aumento (58.333.410 tCO2eq – 2020; 60.533.968 tCO2eq – 2021). A SV e APD no estado aumentou entre os anos avaliadas, consequentemente houve diminuição da SA e aumento das emissões de GEE para a Agropecuária. No entanto, ressalta-se que o número de AD e as emissões de MUT tiveram diminuição nesse período. Esse fato, indica que os remanescentes florestais menores estão sendo suprimidos para ampliação da área de agropecuária. Conclui-se, que remanescentes menores de florestas nativas estão sendo pressionados em MG, isso exige mecanismos de fiscalização ambiental efetivo e políticas públicas ambientais fortalecidas e direcionadas para esses remanescentes, visto a importância dessas florestas para a sociedade, meio ambiente.
Editoração e organização
Andressa Giovannini Costa
Charlene Moro Stefanel
Gleice Aparecida de Assis
Tatiane Melo de Lima
Vanessa Andaló
Vicente Toledo Machado de Morais Junior
Revisor Adhoc
Adriana Tiemi Nakamura
Aline Gonçalves Spletozer
Alvaro Augusto Vieira Soares
Amanda Azevedo Cassiano
Andressa Giovannini Costa
Anna Caroline Costa Fanalli
Carla Cristina Alves Mendes
Edivane Cardoso da Silva
Edson Simão
Fernando Luiz de Paula Santil
Franscinely Aparecida de Assis
Gabriel Mascarenhas Maciel
Givago Coutinho
Guilherme Costa Santos
Guilherme de Almeida Garcia Rodrigues
Gustavo Moreira Ribeiro
Igor Pereira Costa
Isabella Salgado Faustino
Isaías Antonio de Paiva
Jardel Boscardin
Jocimar Caiafa Milagre
Josef Gastl Filho
Larissa Grasiela de Arruda Ferreira Costa
Laura Cristina Moura Xavier
Lucas José Mendes
Luciano Cavalcante de Jesus França
Marco Iony dos Santos Fernandes
Mariana Rodrigues Bueno
Natalia Martins Freitas
Odair José Marques
Osvaldo Rettore Neto
Pedro Enrico Salmim Fonseca Spanghero
Regina Maria Gomes
Roque de Carvalho Dias
Roseli Mendonça Dias
Sueli Moura Bertolino
Tatiana Mayumi Tamura
Tatiane Melo de Lima
Vanessa Andaló
Vicente Toledo Machado de Morais Junior
Welery Roel de Azevedo
Zimábwe Osório Santos
DUVIDAS, SUGESTÕES E INFORMAÇÕES
sicaaufu@gmail.com