INVENTÁRIO QUANTITATIVO DA ARBORIZAÇÃO DE UMA PRAÇA NA CIDADE DE MONTE CARMELO, MINAS GERAIS

  • Autor
  • Co-autores
  • Thiago Cunha de Oliveira , Rayana Cristina Sevilha , Izabele Domingues Soares Miranda
  • Resumo
  •  

    A presença de árvores nas cidades exerce um papel fundamental na promoção de serviços ambientais, sociais e psicológicos. É imprescindível que seja feito um bom planejamento na escolha das espécies a serem inseridas a fim de potencializar seus benefícios e evitar problemas futuros. O objetivo deste estudo foi realizar um inventário quantitativo da arborização presente numa praça da cidade de Monte Carmelo com a finalidade de identificar as espécies plantadas e averiguar a adequação no contexto ambiental. O estudo de campo foi conduzido na Praça dos Peixinhos, localizada em Monte Carmelo, MG, Brasil. A área da praça abrange aproximadamente 1.358 m². O inventário da arborização foi realizado por meio de um censo, no qual os indivíduos foram quantificados, georreferenciados e identificados com o auxílio de materiais da literatura. Foram inventariados 25 indivíduos entre árvores, arbustos e palmeiras, distribuídos em onze espécies e dez famílias botânicas. A espécie mais representativa foi a sibipiruna (Cenostigma pluviosum), com cinco (5) indivíduos. Foram registradas ainda: clúsia (Clusia fluminensis) (4), cica (Cycas taiwaniana) (3), fênix (Phoenix roebelenii) (3), espatódea (Spathodea campanulata) (2), sete-copas (Terminalia catappa) (2), figueira (Ficus pertusa) (2), mangueira (Mangifera indica) (1); ingá (Inga edulis) (1), embaúba (Cecropia pachystachya) (1) e cróton brasileirinho (Codiaeum variegatum) (1). Apesar de seu uso paisagístico, a espatódea é uma espécie exótica que oferece recursos considerados tóxicos para as abelhas. O Projeto de Lei nº 2.087/2024, do Estado de Minas Gerais, proíbe a produção de mudas e o plantio da espécie. Os dois espécimes de figueira foram encontrados numa situação de hemiepifitismo utilizando a sibipiruna e a clúsia como espécies hospedeiras. A dispersão das sementes das figueiras pode ter sido um fator importante para o sucesso do hemiepifitismo. Com o tempo, as figueiras estranguladoras afetarão o fluxo de água e nutrientes ao longo dos feixes vasculares levando seus hospedeiros ao declínio. As demais espécies registradas são comumente utilizadas na arborização sem grandes problemas. Recomenda-se prioritariamente o uso de espécies nativas na arborização urbana para evitar possíveis desequilíbrios ambientais; a suspensão do plantio da espatódea na cidade e a supressão das figueiras presentes no local de estudo.

     

  • Palavras-chave
  • árvores urbanas, seleção de espécies, espécies tóxicas
  • Área Temática
  • Ciências Florestais
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