A presença de árvores nas cidades exerce um papel fundamental na promoção de serviços ambientais, sociais e psicológicos. É imprescindível que seja feito um bom planejamento na escolha das espécies a serem inseridas a fim de potencializar seus benefícios e evitar problemas futuros. O objetivo deste estudo foi realizar um inventário quantitativo da arborização presente numa praça da cidade de Monte Carmelo com a finalidade de identificar as espécies plantadas e averiguar a adequação no contexto ambiental. O estudo de campo foi conduzido na Praça dos Peixinhos, localizada em Monte Carmelo, MG, Brasil. A área da praça abrange aproximadamente 1.358 m². O inventário da arborização foi realizado por meio de um censo, no qual os indivíduos foram quantificados, georreferenciados e identificados com o auxílio de materiais da literatura. Foram inventariados 25 indivíduos entre árvores, arbustos e palmeiras, distribuídos em onze espécies e dez famílias botânicas. A espécie mais representativa foi a sibipiruna (Cenostigma pluviosum), com cinco (5) indivíduos. Foram registradas ainda: clúsia (Clusia fluminensis) (4), cica (Cycas taiwaniana) (3), fênix (Phoenix roebelenii) (3), espatódea (Spathodea campanulata) (2), sete-copas (Terminalia catappa) (2), figueira (Ficus pertusa) (2), mangueira (Mangifera indica) (1); ingá (Inga edulis) (1), embaúba (Cecropia pachystachya) (1) e cróton brasileirinho (Codiaeum variegatum) (1). Apesar de seu uso paisagístico, a espatódea é uma espécie exótica que oferece recursos considerados tóxicos para as abelhas. O Projeto de Lei nº 2.087/2024, do Estado de Minas Gerais, proíbe a produção de mudas e o plantio da espécie. Os dois espécimes de figueira foram encontrados numa situação de hemiepifitismo utilizando a sibipiruna e a clúsia como espécies hospedeiras. A dispersão das sementes das figueiras pode ter sido um fator importante para o sucesso do hemiepifitismo. Com o tempo, as figueiras estranguladoras afetarão o fluxo de água e nutrientes ao longo dos feixes vasculares levando seus hospedeiros ao declínio. As demais espécies registradas são comumente utilizadas na arborização sem grandes problemas. Recomenda-se prioritariamente o uso de espécies nativas na arborização urbana para evitar possíveis desequilíbrios ambientais; a suspensão do plantio da espatódea na cidade e a supressão das figueiras presentes no local de estudo.
Editoração e organização
Andressa Giovannini Costa
Charlene Moro Stefanel
Gleice Aparecida de Assis
Tatiane Melo de Lima
Vanessa Andaló
Vicente Toledo Machado de Morais Junior
Revisor Adhoc
Adriana Tiemi Nakamura
Aline Gonçalves Spletozer
Alvaro Augusto Vieira Soares
Amanda Azevedo Cassiano
Andressa Giovannini Costa
Anna Caroline Costa Fanalli
Carla Cristina Alves Mendes
Edivane Cardoso da Silva
Edson Simão
Fernando Luiz de Paula Santil
Franscinely Aparecida de Assis
Gabriel Mascarenhas Maciel
Givago Coutinho
Guilherme Costa Santos
Guilherme de Almeida Garcia Rodrigues
Gustavo Moreira Ribeiro
Igor Pereira Costa
Isabella Salgado Faustino
Isaías Antonio de Paiva
Jardel Boscardin
Jocimar Caiafa Milagre
Josef Gastl Filho
Larissa Grasiela de Arruda Ferreira Costa
Laura Cristina Moura Xavier
Lucas José Mendes
Luciano Cavalcante de Jesus França
Marco Iony dos Santos Fernandes
Mariana Rodrigues Bueno
Natalia Martins Freitas
Odair José Marques
Osvaldo Rettore Neto
Pedro Enrico Salmim Fonseca Spanghero
Regina Maria Gomes
Roque de Carvalho Dias
Roseli Mendonça Dias
Sueli Moura Bertolino
Tatiana Mayumi Tamura
Tatiane Melo de Lima
Vanessa Andaló
Vicente Toledo Machado de Morais Junior
Welery Roel de Azevedo
Zimábwe Osório Santos
DUVIDAS, SUGESTÕES E INFORMAÇÕES
sicaaufu@gmail.com