A madeira maciça possui características intrínsecas desfavoráveis para usos comerciais, como anisotropia e alta higroscopicidade, que podem ser amenizadas pela termorretificação, a qual modifica as propriedades químicas da madeira através da aplicação de calor. Logo, o objetivo da pesquisa foi avaliar as propriedades físicas e mecânicas da madeira de Pinus oocarpa após a termorretificação. O experimento foi realizado com toras de dois metros, cortadas do tronco a 1,3 m do nível do solo, de onde foi retirada uma tábua central que secou ao ar livre. A partir dela, foram retiradas amostras de 20 x 20 x 30 mm e de 20 × 20 × 300 mm para análise das propriedades físicas e mecânicas, respectivamente. Os corpos de prova foram secos em estufa a 103°C até atingirem a condição anidra, e posteriormente termorretificados a 125, 150, 175, 200 e 225 °C. Após a termorretificação calculou-se o inchamento volumétrico (VS), coeficiente de anisotropia (Q), umidade de equilíbrio (EMC), perda de peso (WL), densidade (D), módulo de elasticidade (MOE) e módulo de ruptura (MOR). Os resultados foram a perda de 0,73% do peso durante o tratamento a 125°C, 0,86% a 150°C, 2,34% a 175°C, 7,99% a 200°C e 13,89% a 225°C, pela degradação da hemicelulose influenciando no EMC que reduziu de 11,8%, 11,4%, 10,9%, 10%, 8,3% a 6,8%, nos respectivos tratamentos, pela diminuição de sítios hidrofílicos, e consequentemente o VS de 13,4%, 13,1%, 12,3%, 11,0%, 9,6% a 8,6%. O Q permaneceu variando de 1,81 a 2,20%, apontando menor estabilidade dimensional, indicando que a madeira de Pinus oocarpa não deve ser recomendada para ambientes com variação de umidade. A avaliação do MOR e MOE indicou uma queda da resistência mecânica das amostras, mas as coníferas tendem a ser resistentes ao tratamento térmico com MOR variando de 66,4, 61,8, 57,0, 42,3, 29,9 a 24,3 MPa (225°C) e o MOE de 2358, 2308, 2143, 2132, 1995 a 1707 Mpa. Assim conclui-se que a termorretificação influenciou positivamente nas propriedades físicas e negativamente nas mecânicas na madeira de Pinus oocarpa a partir de 150°C, intensificando nas temperaturas mais elevadas.
Editoração e organização
Andressa Giovannini Costa
Charlene Moro Stefanel
Gleice Aparecida de Assis
Tatiane Melo de Lima
Vanessa Andaló
Vicente Toledo Machado de Morais Junior
Revisor Adhoc
Adriana Tiemi Nakamura
Aline Gonçalves Spletozer
Alvaro Augusto Vieira Soares
Amanda Azevedo Cassiano
Andressa Giovannini Costa
Anna Caroline Costa Fanalli
Carla Cristina Alves Mendes
Edivane Cardoso da Silva
Edson Simão
Fernando Luiz de Paula Santil
Franscinely Aparecida de Assis
Gabriel Mascarenhas Maciel
Givago Coutinho
Guilherme Costa Santos
Guilherme de Almeida Garcia Rodrigues
Gustavo Moreira Ribeiro
Igor Pereira Costa
Isabella Salgado Faustino
Isaías Antonio de Paiva
Jardel Boscardin
Jocimar Caiafa Milagre
Josef Gastl Filho
Larissa Grasiela de Arruda Ferreira Costa
Laura Cristina Moura Xavier
Lucas José Mendes
Luciano Cavalcante de Jesus França
Marco Iony dos Santos Fernandes
Mariana Rodrigues Bueno
Natalia Martins Freitas
Odair José Marques
Osvaldo Rettore Neto
Pedro Enrico Salmim Fonseca Spanghero
Regina Maria Gomes
Roque de Carvalho Dias
Roseli Mendonça Dias
Sueli Moura Bertolino
Tatiana Mayumi Tamura
Tatiane Melo de Lima
Vanessa Andaló
Vicente Toledo Machado de Morais Junior
Welery Roel de Azevedo
Zimábwe Osório Santos
DUVIDAS, SUGESTÕES E INFORMAÇÕES
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